No dia 17 de junho de 2025, uma operação da Polícia Federal (PF) em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) e a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) desarticulou um grupo criminoso suspeito de crimes contra a Caixa Econômica Federal. A operação, batizada de “Krampus”, segue investigações que apuram arrombamentos de caixas eletrônicos e restrições à liberdade de funcionários, todos ocorridos em Salvador entre 2023 e 2024.
Vínculo com organização criminosa paulista
As investigações revelaram que os suspeitos estão associados a uma organização criminosa com atuação em São Paulo. As ordens judiciais expedidas pela 17ª Vara Federal Criminal da Bahia incluem 10 mandados de prisão preventiva e 15 mandados de busca e apreensão, além de bloquear bens e valores do grupo que totalizam R$ 13 milhões.
Forma de atuação do grupo criminoso
De acordo com informações da SSP-BA, a polícia apurou que os arrombamentos estão relacionados a três ocorrências específicas: nos dias 1º de maio de 2023, 5 de outubro de 2024, e 25 de dezembro de 2024. Os criminosos utilizavam um modus operandi semelhante em todos os casos, agindo em momentos em que as agências bancárias estavam fechadas e as ruas desertas, o que facilitava a execução dos crimes.
O recrutamento de ex-vigilantes e uso de laranjas
Além do planejamento estratégico para a execução dos crimes, a investigação destacou a participação de pelo menos um ex-vigilante da empresa de segurança responsável pela proteção das agências da Caixa. Este fato levanta questões sobre a segurança nas agências bancárias e a vulnerabilidade de sistemas de proteção interna.
Outro aspecto levantado pelas investigações foi o uso de “laranjas”. Os suspeitos utilizaram pessoas físicas e jurídicas para ampliar o capital social de uma “empresa de fachada”, visando dissimular a origem ilícita dos recursos obtidos, dificultando assim o rastreamento de suas atividades criminosas.
Consequências e continuidade das investigações
A operação “Krampus”, nome que alude ao personagem mitológico que castiga os malcriados, reflete a gravidade dos delitos associados. Com a continuidade das investigações, a polícia busca identificar outros responsáveis e possíveis conexões com outras atividades criminosas. O MPF alerta que, se condenados, os indivíduos envolvidos poderão enfrentar penas somadas que ultrapassam 100 anos de prisão.
As autoridades de segurança pública destacam a importância da ação conjunta das forças policiais e da Justiça nesse tipo de operação, que visa não apenas coibir crimes, mas também garantir a segurança da população e das instituições financeiras. Com a desarticulação deste grupo criminoso, espera-se uma redução significativa nos golpes e arrombamentos em agências bancárias na região.
A operação “Krampus” é um exemplo da crescente colaboração entre diferentes esferas do governo para enfrentar a criminalidade organizada, reforçando a necessidade de medidas mais rígidas para proteger os cidadãos e preservar a integridade das instituições financeiras.
Mais operações podem ser anunciadas em breve, à medida que as investigações se aprofundam e outras ligações criminosas são descobertas. A busca por justiça e segurança financeira continua, refletindo o compromisso das autoridades em erradicar as práticas ilícitas em todo o país.