Nesta terça-feira, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) realizou um leilão na manhã no Rio de Janeiro, oferecendo 47 blocos na Bacia da Foz do Amazonas, dos quais 19 foram arrematados. A comercialização faz parte do 5º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão, com uma oferta total de 172 blocos em todo o país.
Blocos na Foz do Amazonas e participantes do leilão
Dos 47 blocos na Bacia da Foz do Amazonas, 19 foram vendidos, incluindo três propostas pelo setor SFZA-AP2, feitas por três consórcios: ExxonMobil e Petrobras em parceria, Chevron Brasil e CNPC Brasil.
Nenhum bloco foi arrematado na área SFZA-AP1, que reúne dois blocos, nem na Bacia Potiguar, com 16 blocos. A maior parte das propostas veio do setor SFZA-AP3, com oito blocos vendidos por ExxonMobil e Petrobras, e três por Chevron e CNPC.
Dados do leilão e principais ofertas
Ao todo, nove blocos foram arrematados com um valor total de R$ 528,56 milhões, apresentando um ágio de 1.216,16%. O investimento mínimo estimado para os blocos é de R$ 459,35 milhões. Petrobras e ExxonMobil participaram de três propostas em parceria, com participações iguais, enquanto Chevron e CNPC também conquistaram blocos.
Só na área do setor SPFZA-AP4, Petrobras e ExxonMobil garantiram dois dos três blocos oferecidos, com bônus de assinatura de R$ 10,54 milhões, sem ágio, e investimento mínimo de R$ 109,88 milhões.
Reações e protestos contra o leilão
O leilão gerou reações de grupos ambientais e indígenas, que protestaram contra a exploração de petróleo na região. Segundo ativistas, a oferta de blocos na Foz do Amazonas ameaça ecossistemas frágeis e comunidades tradicionais. Leia mais sobre os protestos.
Perspectivas futuras e impactos do setor
Especialistas apontam que a exploração de petróleo na região pode consolidar o Brasil como um importante produtor na área de reservas do pré-sal, embora também reforce debates sobre sustentabilidade e impacto ambiental. A expectativa é que novos blocos sejam licitados nos próximos ciclos, amplificando a presença de multinacionais no setor.
Para o setor, o resultado reforça a tendência de parceria entre gigantes como Petrobras e ExxonMobil, que participaram de diversas frentes no leilão. O próximo passo será a assinatura dos contratos e o início das atividades de exploração, previstas para o segundo semestre de 2025, após análises técnicas e ambientais.
Para mais detalhes do leilão, acesse o site oficial.