Brasil, 17 de junho de 2025
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Congresso derruba vetos de Lula com impacto de R$ 197 bilhões até 2050

Acordo entre governo e parlamentares levou à rejeição de vetos que podem afetar contas de luz e investimentos em energia renovável

O Congresso Nacional anunciou nesta semana a derrubada de vetos presidenciais que podem gerar um impacto de cerca de R$ 197 bilhões nas contas públicas e no setor de energia até 2050. A decisão ocorreu após um acordo entre o governo e parlamentares, influenciando diretamente propostas relacionadas à contratação compulsória de pequenas centrais hidrelétricas e à extensão de contratos do Proinfa, programa de incentivo às fontes alternativas de energia elétrica.

Impactos financeiros e energéticos dos vetos derrubados

Segundo a Associação Brasileira de Grandes Consumidores de Energia (Abrace), os vetos eliminados representam uma mudança significativa na regulação do setor energético. Entre as propostas aprovadas pelo Congresso estão medidas que obrigam a contratação compulsória de energia de pequenas centrais hidrelétricas na região Sul e a construção de plantas de hidrogênio, visando ampliar a matriz de energias renováveis no Brasil.

Essas alterações devem promover aumento nos custos de energia para consumidores residenciais e industriais, além de impactar o planejamento de geração de energia nacional. Ainda, parte das propostas barradas por Lula foi adiada para futuras sessões, podendo ser negociada por meio de uma medida provisória ou projeto de lei, facilitando a implementação das mudanças.

Principais temas das propostas derrubadas

Contratação compulsória de pequenas centrais hidrelétricas

Essa medida prevê que usinas menores sejam obrigadas a fornecer energia ao sistema, o que pode acelerar a expansão de fontes renováveis na matriz elétrica brasileira. No entanto, há debates sobre o impacto financeiro para o setor e o consumidor final.

Extensão dos contratos do Proinfa

A prorrogação dos contratos do programa visa fomentar investimentos em fontes alternativas, como biomassa e eólicas, garantindo maior segurança energética para o país. A medida busca equilibrar o incentivo ao setor com a necessidade de sustentabilidade econômica.

Construção de planta de hidrogênio

Projetada para impulsionar a inovação tecnológica, essa iniciativa pode transformar o setor energético brasileiro e gerar milhões de empregos, embora ainda esteja em fase de planejamento e análise de viabilidade econômica.

Contratação compulsória de energia eólica na Região Sul

Reforço na matriz de energias renováveis, esta proposta visa ampliar a participação da energia eólica na região Sul, uma das mais propensas a esse tipo de geração.

Perspectivas futuras e negociações

O governo avalia colocar parte dos vetos que não foram analisados em medidas provisórias ou projetos de lei, buscando garantir maior agilidade na implementação das mudanças. Além disso, há expectativa de que futuras sessões do Congresso possam votar novas propostas que impactem o setor energético.

Para José Oliveira, especialista em energia, “a derrubada dos vetos deve acelerar a transição para fontes renováveis, mas é fundamental garantir que os custos não sejam repassados de forma irreversível ao consumidor final”.

Segundo dados da Abrace, as mudanças poderão influenciar diretamente a conta de luz de milhões de brasileiros, além de demandar atenção especial na avaliação dos impactos econômicos e ambientais.

Mais detalhes sobre essas medidas e seus desdobramentos podem ser consultados na reportagem do O Globo.

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