Brasil, 17 de junho de 2025
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Congresso derruba veto e reestabelece pensão vitalícia a crianças com Zika

O Congresso Brasileiro reestabeleceu a pensão vitalícia a crianças vítimas do Zika, após derrubar veto do presidente Lula.

Na terça-feira, 17 de junho, o Congresso Nacional do Brasil tomou uma importante decisão ao derrubar um veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reestabelecendo o pagamento da pensão vitalícia para crianças afetadas por síndromes associadas ao Zika vírus. Esta medida põe fim a um impasse que havia surgido após a aprovação do projeto em 2024, que tinha sido totalmente vetado anteriormente por Lula.

Pensão vitalícia assegurada

O restabelecimento da pensão vitalícia foi acordado entre os parlamentares e o Planalto, e o valor a ser pago mensalmente terá como base o teto da Previdência Social, que atualmente é de R$ 8,1 mil. Essa medida visa garantir um suporte financeiro mais adequado às famílias que enfrentam as consequências do Zika vírus, uma doença que trouxe sérios problemas de saúde a muitas crianças no país.

O projeto original que estabelecia a pensão avançou no Congresso, mas foi vetado pelo presidente, que argumentou a falta de uma fonte de recursos financeiros para suportar a medida. No entanto, conforme o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), o presidente reconheceu a importância da ação e pediu que se encontrasse uma solução. A derrubada do veto reflete essa mudança de postura e a vontade do governo de apoiar os mais vulneráveis.

Importância da ação e os próximos passos

A Advocacia-Geral da União está preparando um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para assegurar que o pagamento da indenização seja realizado conforme o estipulado. O projeto também permite que a pensão vitalícia seja acumulada com benefícios previdenciários, desde que não ultrapasse um salário mínimo, além de ser combinada com o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Outro ponto significativo do texto aprovado é que elimina a necessidade de revisão bienal para que as crianças com deficiência causada pelo Zika continuem a receber o BPC. Isso traz mais estabilidade para as famílias que dependem desse auxílio. Além disso, a proposta aumenta em 60 dias o direito à licença-maternidade e ao salário-maternidade para mães de crianças atingidas pela doença, enquanto o benefício para os pais foi aumentado em 20 dias.

Mobilização das famílias e impacto social

A importância dessa decisão foi evidenciada pela mobilização de mães com crianças que enfrentam deficiências causadas pelo Zika. Elas ocuparam o salão verde da Câmara dos Deputados, fazendo um apelo pela derrubada do veto. As reações positivas ao resultado da votação foram palpáveis, com gritos de celebração no plenário, refletindo a luta dessas famílias por reconhecimento e apoio.

A votação, que paralisou a sessão por alguns momentos após apelos de silêncio do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), ressalta a importância de se ouvir as vozes das comunidades afetadas por políticas públicas, especialmente aquelas que lidam com as consequências de doenças como o Zika.

Com a derrubada do veto, espera-se que o apoio governamental de forma contínua e abrangente às crianças afetadas pelo Zika vírus e suas famílias seja normalizado, oferecendo suporte não apenas financeiro, mas também reconhecimento da gravidade das deficiências provocadas pelo vírus e da necessidade contínua de políticas públicas eficazes.

Este é um passo significativo para garantir que as crianças e suas famílias tenham um suporte adequado em suas necessidades, além de contribuir para o fortalecimento da proteção social no Brasil. O caminho para a implementação e fiscalização dessas novas medidas será crucial para assegurar que os benefícios sejam entregues às crianças que verdadeiramente precisam deles.

Com a reestabelecimento da pensão vitalícia, o Brasil demonstra um avanço em políticas públicas voltadas para a população vulnerável, especialmente após as grandes dificuldades enfrentadas durante a pandemia e outros desafios sociais.

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