Na última terça-feira (17), representantes da Secretaria das Mulheres (Sempi) se reuniram na Controladoria-Geral do Estado (CGE) para discutir e alinhar ações da campanha “Sem Assédio Moral e Sem Assédio Sexual”. O objetivo é promover um ambiente de trabalho mais equitativo e humanizado nos órgãos governamentais do Piauí.
O propósito da campanha
Com a participação de autoridades de diversas secretarias, como a Secretaria da Administração (Sead) e a Ouvidoria-Geral do Estado (OGE), a reunião foi um passo importante para ampliar as estratégias do plano de ação. Ivana Amorim, diretora de Planejamento, Ações Temáticas e Participação Política da Sempi, declarou que a meta é desenvolver uma mudança significativa na cultura organizacional.
“A expectativa é que possamos observar resultados a curto, médio e longo prazo, reduzindo essa prática, infelizmente recorrente, que afeta principalmente as mulheres nos ambientes de trabalho. Nosso foco é promover uma mudança na cultura organizacional e construir um ambiente profissional mais humanizado, que assegure os direitos de todas as pessoas”, afirmou Ivana.
A importância de denunciar
A campanha não apenas busca prevenir casos de assédio, mas também incentivar denúncias. As vítimas podem se dirigir às ouvidorias da Sempi e Geral para registrar suas queixas. Esse mecanismo é crucial para que as denúncias sejam tratadas de maneira legal, garantindo que os responsáveis sejam punidos e que as vítimas recebam o acolhimento necessário.
Com a implementação eficaz desta campanha, os órgãos do governo do Piauí esperam transformar a dinâmica dos ambientes de trabalho, garantindo que qualquer forma de assédio seja combatida. O papel das ouvidorias é fundamental nesse processo, pois servem como um canal seguro e acessível para que as vítimas se manifestem sem medo de represálias.
Um impacto esperado a longo prazo
O assédio moral e sexual é uma questão que afeta não apenas a saúde mental e física das vítimas, mas também prejudica a produtividade e o clima organizacional. Por isso, a campanha idealizada visa não apenas a erradicação desses comportamentos, mas também a sensibilização de todos os envolvidos sobre a importância do respeito e da empatia nas relações de trabalho.
Além disso, o governo do Piauí se propõe a promover treinamentos e capacitações para funcionários, com o intuito de esclarecer sobre os limites do assédio e as consequências jurídicas que essas práticas podem trazer. “Precisamos construir uma consciência coletiva sobre comportamentos inadequados que não são mais toleráveis em nosso dia a dia”, destacou Ivana Amorim.
Apoio contínuo às vítimas
Outra vertente da campanha será a criação de um ambiente seguro para que as vítimas possam falar sobre suas experiências e receber apoio. O fortalecimento das redes de apoio é essencial para que as vítimas se sintam encorajadas a buscar ajuda, transformando dor em força para a mudança. A infraestrutura necessária para o acolhimento das denúncias deve ser reforçada, garantindo que todas as etapas do atendimento sejam realizadas com sensibilidade e profissionalismo.
Com essa campanha, o Piauí se coloca em uma posição de vanguarda no combate a práticas de assédio, reafirmando seu compromisso com a equidade de gênero e o respeito no ambiente de trabalho. Os próximos meses serão cruciais para avaliar a efetividade das ações implementadas e seu impacto na cultura organizacional do estado.
À medida que mais setores se unirem a essa causa, a esperança é que o Piauí se torne um exemplo a ser seguido por outros estados brasileiros, promovendo um espaço de trabalho seguro e acolhedor para todos.
Para mais informações sobre a campanha e formas de denunciar, os cidadãos podem acessar o site da Secretaria das Mulheres e ficar atentos às orientações disponíveis.