A Copa do Mundo de Clubes de 2025 traz uma disputa acirrada, mas um detalhe se destaca entre as 82 nacionalidades presentes: a forte presença de jogadores brasileiros e argentinos. Com 244 atletas, que representam 24,5% do total de 998 jogadores inscritos, Brasil e Argentina se colocam como protagonistas do torneio, segundo o Censo do Mundial de Clubes realizado pelo GLOBO.
A distribuição dos jogadores na Copa do Mundo de Clubes
As 82 nacionalidades participantes representam 38,9% dos 211 países reconhecidos pela FIFA. Com 12 equipes, a Europa tem a maior quantidade de jogadores no torneio, totalizando 323 atletas, enquanto a América do Sul aparece logo em seguida com 307 jogadores, mesmo contando com apenas seis clubes na disputa. A África, representada por quatro equipes, completa o top-3 com 149 atletas.
Na contagem específica, os jogadores brasileiros são 141, seguidos pelos 103 argentinos, que são os únicos países a atingir três dígitos. Portugal se destaca como a próxima nação, mas com apenas 59 jogadores, evidenciando a disparidade na representatividade entre as seleções.
A importância dos clubes brasileiros
O grande número de brasileiros no Mundial é explicado pela presença de quatro clubes do país no torneio: Botafogo, Flamengo, Fluminense e Palmeiras. Juntos, eles somam 96 jogadores, enquanto os 45 restantes estão distribuídos por outras 20 equipes. Isso representa que 62,5% das 32 equipes participantes possuem jogadores brasileiros em seus elencos, principalmente em clubes europeus, onde 21 atletas atuam.
O panorama dos jogadores argentinos
Os atletas argentinos, com apenas duas representantes — Boca Juniors e River Plate —, têm a maioria atuando fora do país: 48 jogadores. Vale destacar que, apesar de não haver brasileiros nas equipes argentinas, há nove atletas “hermanos” que vestem as cores dos clubes brasileiros mencionados. Eles também estão majoritariamente na Europa, onde 19 atletas jogam, seguidos por 16 na América do Norte, três na Ásia e um na África.
Exportação de talentos do futebol latino-americano
No total, 422 jogadores atuam em clubes estrangeiros, em contraste com os 576 jogadores (57,6%) que mantêm seus contratos em suas ligas nacionais. Os latino-americanos lideram as exportações: além de brasileiros e argentinos, 24 uruguaios estão no top-5 de jogadores em clubes internacionais, sendo ultrapassados apenas por 25 franceses e 22 espanhóis. Além disso, a lista dos países com mais atletas segue com Espanha (54 jogadores), Portugal (49), México (41), e Estados Unidos (40).
Estruturas e perfis dos elencos
Os dados da FIFA também permitem traçar um perfil dos elencos. Cada equipe pode inscrever de 26 a 35 jogadores, e a única equipe que optou pela quantidade mínima foi o Seattle Sounders. Em contrário, clubes como Al-Hilal, Boca Juniors, Botafogo, Flamengo, Juventus e Mamelodi Sundowns, da África do Sul, completaram a lista com o máximo permitido.
No total, as equipes optaram por levar de três a quatro jogadores por posição, resultando em uma média de 3,2 goleiros por equipe, o que equaciona a 119 no total. Contudo, a distribuição se torna desigual nas demais posições. O Real Madrid lidera em defensores, com 9,9 em média por equipe, enquanto o japonês Urawa Red Diamonds e o marroquino Wydad Casablanca têm apenas sete defensores.
O ataque e a força no meio de campo
Em relação ao ataque, são 238 atacantes que possuem chances de entrar em campo. O Ulsan HD, da Coreia do Sul, e o egípcio Al Ahly, levaram apenas dois jogadores dessa posição, enquanto a Juventus, por outro lado, optou por levar 12. A média de meias também é desigual, com clubes como Seattle Sounders levando apenas seis meio-campistas, enquanto urawa Red Diamonds tem 15 opções, demonstrando a variação na estratégia das equipes.
O Mundial de Clubes, portanto, não só exalta o nível técnico do futebol mundial, mas também reflete a forte influência e representatividade do Brasil e Argentina. Esses dados revelam como a cultura do futebol se solidifica entre os jogadores relacionados, alimentando a paixão e a disputa tanto nas arquibancadas quanto nos campos ao redor do globo.