Brasil, 17 de junho de 2025
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Brasil deve se declarar livre da gripe aviária nesta quarta-feira

Com fim do vazio sanitário, país confirma que está livre da gripe aviária após 28 dias e prepara retorno às exportações globais

O Brasil deve oficializar nesta quarta-feira (18) sua condição de livre da gripe aviária, após cumprir o período de 28 dias de vazio sanitário na região de Montenegro, Rio Grande do Sul, onde ocorreu o primeiro caso em aves comerciais. A declaração é aguardada após investigações e o encerramento do período de monitoramento.

Fim do vazio sanitário e passos para retomar as exportações

O prazo de 28 dias, iniciado após a desinfecção da granja de Montenegro, termina nesta quarta e marca o período necessário para assegurar que o vírus não esteja mais presente no ambiente. Segundo o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, essa decisão permitirá ao Brasil comunicar oficialmente à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e aos países importadores que está livre da influenza aviária.

“Vamos comunicar amanhã à OMSA e a todos os países importadores sobre o fato de o Brasil estar, novamente, livre da gripe aviária”, afirmou Rua ao g1. A condição de país livre é essencial para o retorno das exportações de carne de frango aos níveis anteriores à crise devido às restrições internacionais.

Investigação e status atual da doença no Brasil

Desde o primeiro foco registrado em Montenegro, em 15 de maio, o governo brasileiro realizou extensas investigações em outras granjas, sem encontrar novas suspeitas até o momento. Os focos confirmados foram isolados em aves silvestres ou de criação doméstica — casos considerados de menor impacto para o setor de exportação.

Importante destacar que a granja afetada não produz frangos para consumo, sendo uma unidade matrizeira voltada à reprodução de aves que, posteriormente, são destinadas ao abate ou produção de ovos.

Impacto nas exportações e bloqueios internacionais

Apesar da expectativa de que o Brasil saia do status de restrição internacional, o retorno às exportações ainda depende da liberação oficial pelos países importadores, que mantém bloqueios desde que o primeiro caso foi detectado. A maior compradora do Brasil, a China, por exemplo, restringe a importação de frango desde 15 de maio, quando foi confirmada a ocorrência.”,

De acordo com dados da **Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA)**, as exportações caíram 13% em maio, comparado ao mesmo mês de 2024. No entanto, a maior parte do consumo do frango no país acontece internamente, reduzindo o impacto econômico brasileiro.

Desafios e perspectivas futuras para o setor

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que, após a declaração de livre, é provável que os bloqueios regionais sejam gradualmente afrouxados, permitindo o restabelecimento das negociações internacionais. Segundo ele, mercados como a China devem reduzir suas restrições apenas ao estado do Rio Grande do Sul ou, especificamente, à região de Montenegro.

Embora a preocupação com a gripe aviária continue, o Ministério da Agricultura reforça que a doença não é transmitida pelo consumo de carne e ovos de aves, e que o Brasil nunca teve confirmação de casos em humanos.

Para evitar novos surtos, o governo mantém uma vigilância rigorosa e ações de monitoramento em toda a cadeia produtiva, buscando assegurar a saúde do setor e a retomada das exportações internacionais. A expectativa é que, com a liberação oficial e a retomada das negociações, o Brasil possa recuperar o mercado global e reforçar sua posição como maior exportador mundial de carne de frango.

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