A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (17) uma redução de 2,52% nas contas de luz dos consumidores residenciais atendidos pela Light na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A decisão, que entrará em vigor em julho, ocorreu após um adiamento em março devido a divergências entre os diretores sobre o percentual de desconto.
Reajuste e divergências na decisão da Aneel
A proposta aprovada por maioria na diretoria da Aneel estabelece um efeito médio de redução de 1,67% nas tarifas de energia elétrica, considerando diferentes segmentos. Entre os valores, destacam-se:
- 2,52% para consumidores residenciais
- 0,52% para consumidores industriais
Inicialmente, o relator, diretor Fernando Mosna, sugeriu uma queda de 2,35% para os clientes residenciais e propor uma alta de 3,8% para as indústrias. Contudo, não houve consenso entre os demais membros da agência, o que levou ao adiamento da votação após pedido de vista do diretor Ricardo Tili.
Contexto da decisão e fatores influentes
A divergência ocorreu devido a um pedido da Light, revelado pelo GLOBO, para adiar a implementação de um mecanismo que reduziria as tarifas de baixa tensão em 13% neste ano, em decorrência de cálculos feitos pela própria reguladora.
Segundo Mosna, uma redução maior nesta ano seria vantajosa, mas, considerando um próximo aumento previsto de 9,94% para 2026, a proposta de uma redução mais moderada atua como uma margem de segurança para evitar oscilações excessivas nas tarifas futuras.
Impactos no setor e medidas sociais
Além da discussão sobre ajustes tarifários, a agência reguladora passou a ampliar o benefício da tarifa social de energia, com regras que agora beneficiam 17 milhões de famílias brasileiras, conforme GLOBO. Essa medida busca ampliar o acesso à energia mais barata para famílias de baixa renda.
A Light, cuja controladora está em recuperação judicial, atende a toda a Região Metropolitana do Rio, excluindo Niterói. A empresa enfrenta dificuldades, principalmente relacionadas aos furtos de energia, conhecidos como “gatos”, que representam uma parcela significativa dos prejuízos do setor.
Perspectivas futuras
A aprovação do reajuste nesta terça representa uma tentativa de equilibrar os custos do setor elétrico com o impacto nas tarifas residenciais, levando em conta os desafios econômicos enfrentados pelo setor. Ainda há expectativa de que novas deliberações possam ocorrer, considerando a evolução do cenário energético e regulatório.
Para mais detalhes, acesse a matéria completa no GLOBO.
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