Após os tiroteios mortais no Minnesota, vários representantes da direita nos EUA começaram a fazer comentários que ligados falsamente os democratas ao suspeito, que na verdade tinha apoio às ideias de Donald Trump. Essas afirmações ocorrem mesmo com sinais de que o atirador tinha uma postura alinhada ao apoio ao ex-presidente e ao Partido Republicano.
Declarações falsas de aliados de Trump sobre o suspeito
Nesta semana, Donald Trump Jr., filho do ex-presidente, afirmou à News Nation que o suspeito “parece ser um esquerdista” e “um democrata”, apesar de testemunhas e registros indicarem que ele tinha preferência pelo Partido Republicano, tendo sido registrado como tal em Oklahoma anteriormente.
Outro político a fazer declarações controversas foi o senador Mike Lee, de Utah, que, após o ataque, compartilhou uma postagem na rede social X na qual apontava “marxistas” como responsáveis pela violência. Após críticas, Lee apagou a mensagem, mas o episódio reforça o clima de polarização que acompanha o episódio.
Realidade sobre o perfil do suspeito
De acordo com informações obtidas por fontes próximas ao caso, o suspeito, Vance Boelter, de 57 anos, era considerado apoiador de Trump. Um amigo dele, Paul Schroeder, afirmou que o atirador tinha uma postura “direitista”, embora não fosse considerado “fanático”.
As autoridades descobriram listas com nomes de possíveis alvos, incluindo os políticos atingidos, mas ressaltaram que ainda não há uma motivação claramente política na ação, que foi conduzida com planejamento meticuloso. Boelter foi preso ao invadir casas de quatro deputados estaduais na manhã de sábado, disfarçado de policial, e efetuou os disparos contra as vítimas.
Reações e tensões partidárias
As tragédias vêm acentuando as tensões existentes no cenário político americano, onde candidatos e representantes de diversos partidos enfrentam ameaças crescentes. O presidente Donald Trump, por exemplo, declarou que não entrou em contato com o governador de Minnesota, Tim Walz, desconsiderando uma prática comum nessas situações.
Aliados do ex-presidente também espalharam notícias falsas. No dia do incidente, o senador Mike Lee compartilhou uma imagem do suspeito e chegou a afirmar que “isso acontece quando marxistas não aceitam o resultado”, em uma postagem que posteriormente foi apagada.
Perspectivas futuras
Autoridades continuam investigando o caso, enquanto a polarização do país permanece acentuada. Analistas alertam para o risco de que a disseminação de informações falsas intensifique o clima de tensão e violência política.
Veja mais sobre o tema no Site da TIME e acompanhe as atualizações na cobertura política nacional e internacional.