Brasil, 17 de junho de 2025
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A pesquisa Datafolha revela cenários para a eleição presidencial de 2026

A pesquisa mostra que Lula ainda lidera entre mulheres e pobres, enquanto Tarcísio e Michelle ganham terreno entre os ricos e bases lulistas.

A recente pesquisa Datafolha que projetou cenários para a eleição presidencial de 2026 trouxe à tona uma análise interessante sobre o panorama político atual do Brasil. Apesar de seu governo apresentar uma avaliação negativa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda mantém uma excelente vantagem entre suas bases tradicionais de apoio, como as mulheres e a população de baixa renda. No entanto, o cenário apresenta mudanças, com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) conquistando força significativa em segmentos que tradicionalmente apoiam Lula. Essa nova configuração indica um embate acirrado nas próximas eleições.

O desempenho de Lula nas pesquisas

Os dados da pesquisa revelam que Lula se destaca, especialmente entre segmentos como mulheres e os mais pobres, onde sua popularidade permanece robusta. No entanto, a crescente força de candidatos da direita, como é o caso de Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, e Michelle Bolsonaro, traz uma nova dinâmica à disputa. Tarcísio, por exemplo, aparece com uma forte presença entre as classes mais altas, onde é o único candidato a ultrapassar Lula no primeiro turno entre os ricos, conforme apontam as simulações.

Michelle Bolsonaro e sua ascensão

Michelle Bolsonaro, por outro lado, se mostra uma concorrente da direita que consegue conquistar as bases do lulismo. Entre os brasileiros que recebem até dois salários mínimos, a ex-primeira-dama registra 25% de aprovação, ultrapassando todos os outros candidatos da direita e se aproximando do desempenho de Lula. Nas camadas intermediárias de renda, seu desempenho é ainda mais impressionante, com 29% de intenção de voto na faixa entre dois e cinco salários mínimos.

Em termos gerais, Michelle chegou a 26% na pesquisa, enquanto Lula lidera com 37%. Essa discrepância diminui à medida que as intenções de voto se aprofundam nas simulações, mostrando que a ex-primeira-dama é uma adversária que não pode ser subestimada.

Os desafios de Tarcísio de Freitas

Tarcísio de Freitas, considerado uma das figuras mais fortes para enfrentar Lula em 2026, apresenta uma dualidade em sua candidatura. Embora seu desempenho inicial seja inferior ao de Michelle no primeiro turno, sua capacidade de atrair votos em um segundo turno aumenta consideravelmente. No entanto, ele encontra mais dificuldades entre as mulheres, contabilizando apenas 17% de aceitação nesse público, em contraste com os 42% de Lula.

O governador também tem desafios específicos entre a classe média e baixa, onde seus índices de aprovação são muito mais baixos em comparação aos de Lula. Em segmentos de baixa renda, Tarcísio conseguiu apenas 17%, número que coloca sua candidatura em desvantagem no momento de definir a estratégia para conquistar esses eleitores cruciais.

Os filhos de Bolsonaro e o panorama eleitoral

Os filhos de Jair Bolsonaro, Eduardo e Flávio, também foram analisados nas simulações e acabaram se apresentando com números similares, ambos com 20% de intenção de voto no primeiro turno. No entanto, sua capacidade de angariar apoio nos diferentes segmentos da população parece limitada. Nas classes mais ricas, sua aceitação é quase nula, mostrando que a herança política do pai não se traduz diretamente em votos.

Entre os que recebem de cinco a dez salários mínimos, Flávio obteve 24%, enquanto Eduardo atingiu 22%. Já nos segmentos mais pobres, ambos estão estagnados, com apenas 19% de apoio, um reflexo da percepção negativa que muitos eleitores têm em relação a eles.

A influência do voto feminino

Uma característica marcante da pesquisa é a influência predominante do voto feminino no cenário eleitoral. As mulheres, que tradicionalmente se reúnem em torno do apoio a Lula, agora veem também em Michelle uma liderança capaz de não apenas dialogar, mas de se conectar emocionalmente. Essa mudança de cenário ressalta a necessidade de estratégias mais inovadoras para abordar e seduzir esse eleitorado.

Conclusão: Um embate acirrado se aproxima

O quadro que se desenha para a eleição presidencial de 2026 é um reflexo de um Brasil dividido. À medida que a polarização aumenta, a batalha entre os candidatos se intensificará, requerendo que cada um deles refine suas estratégias e se aproxime dos eleitores de modo efetivo. Com Lula permanecendo forte entre suas bases enquanto Michelle e Tarcísio ocupam espaços significativos, a eleição promete ser uma das mais competitivas e inciativas da história recente do Brasil.

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