Brasil, 16 de junho de 2025
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O Papa reza pelo Pe. Luke Jumu e pede paz no Sudão

O Papa Leão XIV recorda o Pe. Luke Jumu, morto em bombardeio no Sudão, e clama por paz no país devastado pela guerra.

O mundo foi lembrado novamente dos horrores do conflito no Sudão durante a oração do Angelus feita pelo Papa Leão XIV no último domingo, 15 de junho. O pontífice fez uma emocionante menção ao Pe. Luke Jumu, pároco de El Fasher, que perdeu a vida em um bombardeio na capital do Darfur do Norte. O país, palco de uma guerra devastadora entre o exército de Cartum e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (Rsf), enfrenta uma grave crise humanitária e de segurança, com milhares de vidas em risco.

Um pedido por paz e diálogo

Com ênfase e preocupação, o Papa invocou ao diálogo inclusivo como um caminho indispensável para restaurar a paz, não apenas no Sudão, mas também em outras regiões do mundo, incluindo Mianmar e Nigéria. O clamor por paz e caráter humanitário do Papa destaca a urgentíssima necessidade de resposta internacional a um conflito que parece ter sido esquecido pela mídia e pela comunidade global.

A tragédia do Pe. Luke Jumu

A morte do Pe. Luke Jumu, ocorrida após um ataque em 12 de junho, gerou um forte alerta entre as lideranças religiosas da região. A agência de notícias Aci Africa, que reportou a tragédia, mencionou que o ataque atingiu a residência dele e inicialmente informava que o sacerdote havia ficado gravemente ferido antes de ser confirmado o seu falecimento. O bispo de El Obeid, dom Yunan Tombe Trille Kuku Andali, além de comunicar o ocorrido, fez um apelo por orações e solidariedade com a comunidade atingida pela violência.

A ofensiva em Darfur

El Fasher, onde o Pe. Luke exercia seu ministério, tornou-se um campo de batalha, onde os paramilitares buscam tomar o controle total da região. A cidade é também o lar de dezenas de milhares de refugiados que escaparam da violência e da insegurança, como os situados no campo de refugiados de Zamzam, onde as condições de vida são cada vez mais adversas. O número de pessoas deslocadas devido ao conflito já ultrapassa três milhões, segundo as Nações Unidas.

Impactos da guerra na população sudanesa

Nos últimos dois anos, o Sudão perdeu a vida de dezenas de milhares de pessoas em decorrência das violências sem controle, e mais de 13 milhões enfrentam uma fome severa. O conflito, que se intensificou em abril de 2023, trouxe uma epidemia de cólera, exacerbando ainda mais a crise humanitária. Apesar de ser o terceiro maior produtor de ouro da África, a maioria da população vive em extrema pobreza. Em um estudo recente do Banco Mundial, foi revelado que cerca de 71% dos sudaneses sobrevivem com menos de US$ 2,15 por dia, um aumento alarmante em comparação a 33% registrados em 2022.

A situação no Sudão é um exemplo gritante das contradições que o país enfrenta, onde a riqueza mineral não se traduz em prosperidade para seu povo, que clama por um futuro melhor. O Papa, ao rezar pelo Pe. Luke Jumu e por todos os afetados pela guerra, ressalta a necessidade diária de um compromisso renovado por parte da comunidade internacional, que deve não apenas acompanhar o desenvolvimento dos eventos, mas também agir de forma firme e efetiva para garantir a paz e a segurança.

O chamado do Papa em suas orações reflete um desejo profundo por uma solução pacífica e humana, que possa proporcionar alívio aos que sofrem e um novo caminho rumo à harmonia, não só no Sudão, mas em qualquer lugar onde a violência ainda impõe sua cruel presença.

Com a continuação das hostilidades no Sudão, é vital que a conscientização sobre as realidades enfrentadas pela população civil avance, e que entidades internacionais tomem medidas para ajudar a restaurar a paz em um país que há muito tempo vive na sombra da guerra.

Para mais informações sobre a situação no Sudão e os apelos do Papa, acesse o site da Vatican News.

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