A congressista Marjorie Taylor Greene e o apresentador Mark Levin do Fox News entraram numa disputa inimaginável na manhã desta segunda-feira (10), sobre quem representa melhor a essência do movimento MAGA. A rivalidade começou no domingo, após Greene expressar sua opinião sobre o conflito entre Israel e Irã, defendendo a não participação dos EUA em guerras externas.
Greene e a defesa do isolacionismo americano
Na plataforma X (antigo Twitter), Greene afirmou: “Não quero ver Israel bombardeada, nem Irã, nem Gaza. Também não quero que a Ucrânia ou a Rússia sejam atingidas. E NÃO queremos nos envolver ou pagar por tudo isso!”. A declaração gerou alvoroço entre seguidores que apoiam posições mais radicais, associados à linha MAGA.
Levin rebate e questiona a autoridade de Greene
Mark Levin, conhecido apoiador de Israel e aliado próximo de Donald Trump, respondeu de forma contundente: “Quem morreu e nomeou Marjorie Taylor Greene rainha do MAGA? Trump é MAGA. Ele recebeu 77 milhões de votos. Você é uma política pouco conhecida da Geórgia. Estamos no time Trump. Vá Trump!”. A resposta de Levin refletiu a percepção de que Greene não representa, de fato, o verdadeiro perfil do movimento.
Disputas internas no clã MAGA
Apesar do embate, há indicações de que Trump, favorito para 2024, possa estar mais alinhado às posições de Levin do que às de Greene. Em entrevista à ABC News no domingo, o ex-presidente afirmou não descartar a possibilidade dos Estados Unidos se envolverem na crise entre Israel e Irã, indicando uma postura mais intervencionista. Ainda assim, sugeriu que Vladimir Putin poderia ajudar na desescalada do conflito.
Relacionamentos pessoais e ideológicos no centro da controvérsia
Greene, que adotou uma postura mais isolacionista, enfrenta resistência de apoiadores tradicionais de Trump, que defendem uma linha mais agressiva na política externa. O episódio revela uma divisão interna na base MAGA, entre os que pregam o não envolvimento e os que defendem o apoio incondicional a Israel.
Segundo análises do HuffPost, muitos integrantes do movimento ainda veem Greene como uma representante legítima do pensamento “America first”, embora suas posições sobre o conflito israelense-iraniano estejam sendo questionadas por líderes mais influentes, como Levin e Trump.
Perspectivas futuras e impacto na corrida presidencial
A disputa pública entre Greene e Levin poderá influenciar o alinhamento interno do movimento mais radical do partido republicano, especialmente na relação com Trump. O apoio mais explícito do ex-presidente ao intervencionismo pode redefinir a dinâmica das próximas eleições presidenciais, à medida que as divergências internas se acentuam.
Com o cenário ainda confuso, analistas apontam que o episódio reforça a fragmentação da base MAGA, envolvendo figuras que, apesar de alinhadas, disputam a hegemonia na linha de pensamento mais forte do partido republicano.