A Polícia Civil do Distrito Federal (DF) prendeu recentemente um homem de 40 anos que se fazia passar por um membro da corporação, utilizando essa identidade falsa para ameaçar e extorquir dinheiro de diversas vítimas. O suspeito foi detido na última sexta-feira (13), em uma operação intitulada “Fake Cop” (falso policial, em inglês), e desde então a Justiça converteu sua prisão em flagrante para prisão preventiva, por tempo indeterminado.
Vítimas e denúncias
Até o momento, pelo menos 20 vítimas procuraram a 31ª Delegacia de Polícia Civil, localizada em Planaltina, para relatar as ameaças e extorsões que sofreram. De acordo com o delegado Gilberto Barcelos, as vitimas estavam assustadas com o comportamento do homem, temendo represálias. “As vítimas tinham muito medo dele, muito medo do que ele podia fazer com elas”, afirmou o delegado.
Esquema de agiotagem
O homem é acusado de realizar empréstimos a juros abusivos, prática conhecida como agiotagem, e após conceder os valores, enviava vídeos aos devedores vestindo um uniforme policial fake e manipulando armas, como forma de coação. Essa abordagem intimidatória visava garantir o pagamento das dívidas. As investigações da Polícia Civil revelaram que o homem mantinha um verdadeiro esquema criminoso, utilizando sua falsa identidade para impor medo e pressionar as vítimas.
Esquema de operação
No dia da prisão, a equipe policial precisou arrombar a porta da residência do suspeito em Planaltina de Goiás (GO), na região do DF, pois ele se negou a abrir. Durante a ação, os policiais apreenderam diversos materiais usados pelo homem para se disfarçar de policial. Entre os itens estavam:
- Duas armas de fogo falsas;
- Munição de calibre .38 verdadeira;
- Uma camisa preta com a inscrição “16ª DP”;
- Uma identidade funcional falsa da corporação;
- Cadernos e pastas contendo anotações de nomes, datas, valores e juros dos empréstimos.
Investigação e próximos passos
As investigações da Polícia Civil continuam, com o objetivo de identificar se há mais vítimas desse esquema. O suspeito deverá responder à Justiça por extorsão, agiotagem e posse irregular de munição. A mulher do homem, que confirmou que as contas bancárias utilizadas para os pagamentos estavam em seu nome, disse que ele era o “responsável direto” por todas as cobranças, o que levanta a possibilidade de que mais pessoas estejam envolvidas nas atividades criminosas.
O impacto das ações criminosas
Casos como este ressaltam a importância de a população estar atenta às práticas fraudulentas. Muitas pessoas se sentem ameaçadas ou vulneráveis, especialmente quando um suposto agente da lei está envolvido. A ação da Polícia Civil do DF representa um importante passo na luta contra a criminalidade que utiliza métodos de intimidação para atingir seus objetivos. A equipe policial ressalta a necessidade de denúncias por parte da população, para que esse tipo de crime seja combatido de maneira efetiva.
Com a prisão do suspeito e o andamento das investigações, espera-se que mais medidas sejam tomadas para proteger as vítimas e coibir a prática de crimes semelhantes no futuro.
Para mais informações sobre o caso, acesse a página da Polícia Civil do DF.