Nesta segunda-feira (16), o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, divulgaram um acordo para impulsionar o comércio bilateral. O entendimento, assinado durante a reunião do Grupo dos Sete (G7) no Canadá, prevê a redução das tarifas sobre automóveis e setores aeroespacial, além do aumento de cotas para produtos agrícolas britânicos nos EUA.
Detalhes do acordo comercial entre EUA e Reino Unido
Segundo o documento divulgado, os EUA concordaram em diminuir as tarifas sobre automóveis importados do Reino Unido de 27,5% para 10% nos primeiros 100.000 veículos por ano e eliminar completamente as tarifas sobre aço, atualmente em 25%. Em contrapartida, o Reino Unido compromete-se a ampliar as cotas de carne bovina e etanol dos EUA, fortalecendo a relação econômica entre as partes.
Equilíbrio nas negociações tarifárias
Apesar do avanço, o acordo não inclui o prometido fim imediato das tarifas sobre o aço, uma das principais reivindicações britânicas. Uma fonte do governo britânico revelou que as tarifas sobre o setor continuam em 25%, enquanto os EUA vão isentar o Reino Unido de tarifas adicionais até um limite ainda não definido, devido às preocupações com a propriedade chinesa da British Steel, controlada pelo grupo Jingye.
Contexto e impactos do entendimento
Donald Trump afirmou que a assinatura do pacto representa um sinal de que suas políticas tarifárias estão produzindo resultados. “Este é um avanço importante na nossa agenda de comércio”, declarou. Já Starmer reconheceu a importância do acordo, destacando que a implementação de medidas sobre tarifas de automóveis e aeroespacial é uma conquista relevante para o Reino Unido.
Entretanto, a promessa de retirar as tarifas sobre o aço ainda depende de negociações futuras, uma vez que os EUA sinalizaram que poderão aumentar as tarifas automotivas além de 25% em um “futuro não muito distante”.
Perspectivas futuras e desafios
Especialistas avaliam que o acordo reforça a posição do Reino Unido na guerra tarifária iniciada por Trump, ao garantir proteções para setores estratégicos. Por outro lado, a manutenção das tarifas sobre o aço e a ameaça de aumentos em tarifas automotivas permanecem como obstáculos, sinalizando que as negociações ainda não chegaram ao fim.
Para o governo britânico, a assinatura do entendimento é um passo importante na busca por acordos comerciais que possam fortalecer a economia local, mesmo diante de tensões com os Estados Unidos e outros parceiros mundiais.
Mais detalhes sobre os próximos passos serão divulgados nas próximas semanas, à medida que as negociações evoluem e o governo britânico prepara a implementação do acordo.
Fonte: O Globo