Neste fim de semana, ocorreu em Washington um desfile militar em comemoração ao Dia da Bandeira e ao 250º aniversário do Exército dos EUA. No entanto, as imagens viralizadas mostraram soldados marchando descoordenados, com pouca energia, gerando debates sobre o real motivo por trás dessas falhas. Charlotte Clymer, ativista e ex-militar, explicou em seu Substack que esse comportamento não foi acidental, mas reflexo de fatores internos, cansaço e descontentamento.
Por que os soldados marcharam de forma tão ruinsamente sincronizada?
Charlotte, que serviu na 3ª Infantaria do Exército, conhecida como The Old Guard, reforçou que a disciplina e o treinamento rigoroso fazem parte da rotina dos militares. “Todos aprendem a marchar durante o treinamento básico, e isso não é difícil. Eles tiveram ensaios prévios”, afirmou. Ainda assim, os soldados pareceram ausentes ou cansados, o que a veteranana atribuiu, sobretudo, a fatores emocionais e ao contexto do evento.
Cansaço, desmotivação e contexto político
Segundo Charlotte, parte do descontentamento vinha do fato de muitos soldados terem viajado de longe, ficado em alojamentos precários e esperar horas na espera, o que afetou sua disposição. Além disso, ela acredita que o próprio desfile foi uma ação “completamente desnecessária” e centrada na vaidade de Donald Trump, mais do que uma celebração verdadeira ao Exército.
“Todo mundo sabe que esse desfile foi feito em função de Trump — quase ninguém quer participar de uma parada para enaltecer o ego de um homem só”, ela explicou. “Ele queria recriar os desfiles massivos de outros países, como Coreia do Norte ou França, onde o foco é a exaltação do líder.” A veterana comparou a situação ao desfile de posse de Biden, onde “raramente um soldado é visto fora de passo”, chamando a apresentação de Trump de “muito embaraçosa”.
Implicações para a imagem das Forças Armadas
Charlotte destacou que uma apresentação desastrosa como essa pode afetar a credibilidade das forças militares no cenário internacional. “Nações adversárias talvez vejam isso como uma demonstração de divisões e desorganização dentro do próprio exército,” ela afirmou.
Além disso, ela alertou para o impacto interno. “Se a força militar não se alinha com o seu propósito de proteger a Constituição e agir de forma imparcial, isso pode gerar dissensão e enfraquecer a autoridade das tropas, especialmente em momentos de protestos ou crises,” explicou.
O que podemos esperar daqui para frente?
Charlotte concluiu que a situação revela um momento delicado nas Forças Armadas dos EUA, marcado por insatisfação e política, que precisa ser observada com atenção. Ela compara a cena a um jogo de beisebol profissional onde os jogadores deixam cair jogadas fáceis, uma impressão de que há uma perda de disciplina e orgulho militar.
Para mais detalhes sobre o evento, leia a matéria completa no BuzzFeed [https://www.buzzfeed.com/mjs538/no-kings-day-vs-military-parade-crowds].