Brasil, 17 de junho de 2025
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Débora do Batom pede retorno de celular e visitas religiosas

A manicure conhecida como Débora do Batom solicita ao STF autorização para retornar ao contato com seu celular e receber visitas religiosas.

A defesa da manicure Débora Rodrigues dos Santos, de 39 anos, popularmente conhecida como “Débora do Batom”, fez um pedido ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para que a Polícia Federal (PF) restitua seu celular e autorize visitas de natureza religiosa. Este pedido vem à tona em meio ao processo judicial que envolve Débora, que é um dos rostos mais reconhecíveis dos atos anti-democráticos ocorridos em 8 de janeiro.

Contexto dos atos anti-democráticos

Débora se tornou uma figura emblemática ao pixar a famosa estátua “A Justiça”, localizada em frente ao STF, com a frase provocativa “perdeu, mané”. Sua notoriedade foi impulsionada pela mobilização nas redes sociais que buscava a redução das penas dos condenados. Inicialmente presa, Débora foi beneficiada com a prisão domiciliar pelo ministro Moraes, após pressão popular e midiática.

Na nova petição apresentada, a defesa não apenas solicita a devolução do celular, mas também pede autorização para que ela possa receber atendimento médico em casa e possa se deslocar para unidades de saúde. As visitas religiosas foram destacadas como essenciais para o bem-estar emocional da manicure, que é membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Visitas religiosas como um direito constitucional

A defesa de Débora argumenta que o direito à liberdade de crença e o exercício dos cultos religiosos são garantidos pela Constituição Federal. Em um trecho da petição, consta: “Requer-se autorização para a realização de visitas religiosas periódicas à Sra. Débora Rodrigues por parte de ministros credenciados pela Associação Paulista Central da Igreja Adventista do Sétimo Dia, especialmente com vistas ao cuidado espiritual e à preservação de sua saúde emocional”.

Além disso, uma declaração do pastor da igreja foi anexada ao pedido, confirmando que Débora é membro ativo da comunidade religiosa desde 2019.

Acusações e implicações legais

Débora enfrenta cinco acusações semelhantes às que recaem sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro no STF. De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), Débora saiu de sua cidade, Paulínia, no interior de São Paulo, e viajou para o Distrito Federal no dia 7 de janeiro. No dia seguinte, esteve presente na Praça dos Três Poderes, onde cometeu o ato de vandalismo.

Após pichar a estátua com a frase provocadora, ela foi vista festejando o ato entre os manifestantes. A mesma foi condenada a uma pena de 14 anos de prisão, mas, desde 28 de março deste ano, está sob prisão domiciliar.

O impacto na sociedade e nas eleições de 2026

A história de Débora do Batom ressoou profundamente nas redes sociais e levantou uma série de debates sobre a liberdade de expressão e os limites da manifestação política no Brasil. Sua figura se tornou um ícone de mobilização para diversas discussões que envolvem a política atual do país. Há rumores de que o PL, partido ao qual pertence Jair Bolsonaro, está considerando lançar Débora como candidata nas eleições de 2026, demonstrando como sua imagem conquistou uma base de apoio que pode ser capitalizada politicamente.

Com o pedido de visitas religiosas e a devolução do celular, a defesa de Débora do Batom busca não apenas resgatar um pouco da normalidade em sua vida, mas também reafirmar sua identidade e direitos enquanto cidadã, tendo que enfrentar os desafios impostos pela sua situação legal.

Enquanto o STF avalia o pedido, a atenção sobre o caso continua a crescer na sociedade brasileira, refletindo questões mais amplas sobre direitos, religião e liberdade de expressão em um cenário político conturbado.

Para mais informações sobre o andamento do caso e suas implicações, acesse o [link da notícia](https://www.metropoles.com/brasil/debora-do-perdeu-mane-pede-a-moraes-celular-e-visitas-religiosas).

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