A Câmara dos Deputados aprovou nesta segunda-feira (16) um requerimento de urgência para acelerar a tramitação de um projeto que visa cancelar o decreto do governo que aumenta o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Foram 346 votos favoráveis contra 97, em uma sessão que demonstra a forte oposição ao aumento de impostos, considerando que são necessários pelo menos 257 votos para esse tipo de proposta avançar.
Reforço à pressão contra o aumento do IOF
A iniciativa busca que o projeto seja pautado diretamente em plenário, eliminando a necessidade de passar pelas comissões, o que pode acelerar sua votação. Apesar da aprovação da urgência, ainda não há previsão de quando o mérito do projeto será votado. A discussão foi intensificada após a expectativa de votação rápida, na tentativa de evitar o aumento do imposto indicado pelo decreto do Executivo.
Motivações da sociedade e críticas ao pacote fiscal
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a aprovação reflete o sentimento da sociedade. “346 votos representam um recado claro: o país não aguenta mais aumento de imposto”, escreveu nas redes sociais. Parlamentares, inclusive da base do governo, vêm criticando o pacote fiscal do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, especialmente as medidas de aumento de tributos.
Reação de Motta às declarações de Haddad
Hugo Motta também respondeu, sem citar nomes, às declarações do ministro Haddad, que recentemente afirmou que propostas como o aumento do IOF beneficiam principalmente os “moradores de cobertura”, ou seja, pessoas de alta renda que desfrutam de privilégios no mercado financeiro. Para Motta, essa discussão não deve ser sobre classes sociais, mas sim sobre o equilíbrio fiscal do Brasil. “Toda essa discussão sobre as contas não é sobre quem mora na cobertura ou no andar de baixo. É sobre todos nós que moramos no mesmo prédio. Não é hora de medir forças, mas de somar coragem para ajustar as contas e promover o crescimento sustentável do país”, afirmou.
A votação da urgência representa uma tentativa de dividir a pauta de forma mais rápida, mantendo o foco na rejeição ao aumento do IOF, uma posição que conta com apoio popular e de parte da bancada. Ainda que a aprovação tenha sido expressiva, o projeto em si ainda aguarda data de votação definitiva no plenário.
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