No último domingo (15), Bruno Passy, um músico baiano de 37 anos, compartilhou relatos angustiantes sobre a grave situação que vive em Israel, onde se hospeda na casa da sogra, longe dos perigos diretos dos confrontos. Morando no país há quase oito anos, Bruno descreve as noites de ataques aéreos que acentuam a sensação de insegurança, ampliada pelos mísseis que cruzam os céus. O conflito foi intensificado na sexta-feira (13), resultando em um trágico saldo de mais de 230 mortes, incluindo 224 no Irã e 13 em solo israelense.
A realidade sob os mísseis
Segundo Bruno, o espetáculo dos mísseis cortando o céu é assustador, descrevendo-o com uma analogia cinematográfica: “A gente tem a visão de toda a batalha, à la Star Wars”. Ele explica que o barulho das explosões provoca terror em todos que estão nas proximidades. Com a escalada da tensão, as sirenes de alerta soam a cada ataque, forçando os moradores a buscarem abrigo.
Com as tensões se intensificando em 2023, o músico já havia experienciado momentos de apreensão durante ataques do grupo extremista Hamas, mas insiste que não há intenção de deixar Israel ou retornar a Salvador. “A gente não tem perspectiva de sair daqui, de abandonar tudo, jamais,” afirma, demonstrando uma forte determinação em permanecer no local.
Orientações governamentais
Passy revela que, apesar do medo e da incerteza, as autoridades israelenses têm fornecido orientações constantes à população. “A gente segue as orientações do governo, que é de ficar perto dos abrigos, acompanhar as notícias, ficar sempre atento às informações do aplicativo que avisa quando identificam qualquer tipo de lançamento”, explica. O músico e sua esposa seguem prudentes, focados em manter-se seguros durante essa crise.
Vida interrompida
Com a rotina severamente impactada, Bruno informa que eventos que exigem aglomeração foram cancelados, juntamente com a atividade escolar e trabalhos não essenciais. “Tudo cancelado. Não tem ainda data e estimativa de volta,” lamenta, evidenciando a fragilidade da situação.
Solidariedade em tempos de crise
A experiência de Bruno é um reflexo do cotidiano de muitos que vivem em áreas de conflito. As histórias de resiliência e coragem, como a sua, servem para lembrar que, mesmo em meio a bombardeios, a vida continua e as pessoas buscam maneiras de se apoiar e atravessar a tormenta juntos. A presença de amigos e família, mesmo que à distância, se torna fundamental nesse processo de adaptação.
As redes sociais e a tecnologia têm sido ferramentas cruciais, permitindo que os brasileiros que vivem fora do país se conectem e compartilhem suas vivências. “Estamos sempre em contato, as trocas são essenciais para não nos sentirmos tão sozinhos,” destaca Bruno, ressaltando a importância da união entre os brasileiros sob circunstâncias tão desafiadoras.
Permanecendo Firmes
Nos próximos dias e semanas, a situação parece não dar sinais de melhoria. Entretanto, Bruno e outras pessoas na região têm mostrado resiliência. Eles se adaptam a um novo normal e encontram maneiras de continuar vivendo, mesmo quando tudo ao redor parece caótico. “A vida precisa seguir,” conclui Bruno.
A situação em Israel e Irã será monitorada com atenção, e é crucial que os órgãos de comunicação mantenham o público informado sobre a evolução desses eventos. Para agora, as palavras de Bruno ecoam a coragem e a esperança de muitos que, como ele, enfrentam a storm com firmeza e determinação.
Leia mais sobre outros desdobramentos do conflito e a situação no país em atualizações futuras.
