Pelo quarto mês seguido, o Brasil apresentou crescimento na atividade econômica, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (16) pelo Banco Central (BC). O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) aumentou 0,2% em abril, considerando os dados ajustados para o período (dessazonalizados).
Indicadores mostram avanço e perspectivas de crescimento
Na comparação com abril de 2024, o crescimento foi de 2,5%, sem ajustes sazonais, enquanto no acumulado do ano, o índice registra alta de 3,5%. Em 12 meses, o aumento atingiu 4%, indicando uma recuperação constante da economia brasileira nesta fase.
Importância do IBC-Br para as decisões do BC
O IBC-Br serve como uma ferramenta de avaliação da evolução da atividade econômica e influencia as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC na definição da taxa básica de juros, a Selic, fixada atualmente em 14,75% ao ano. O índice mede o desempenho de setores como indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos.
Política de juros e controle da inflação
O principal objetivo do BC ao manipular a Selic é atingir a meta de inflação. Quando o Copom eleva a taxa de juros, a intenção é conter uma demanda aquecida, elevando o encarecimento do crédito, estimulando a poupança e contribuindo para a contenção da inflação. Caso a taxa seja reduzida, o crédito fica mais barato, incentivando produção, consumo e atividade econômica, embora possa aumentar a pressão inflacionária.
Atual cenário de inflação e ajustes na política monetária
Em maio, a inflação oficial, medida pelo IPCA, caiu para 0,26%, frente a 0,46% de abril, refletindo desaceleração na alta de preços, impulsionada principalmente pelo grupo habitação e energia elétrica residencial. Segundo o IBGE, a inflação acumulada em 12 meses soma 5,32%. Diante do aumento dos preços dos alimentos e energia, o BC elevou a taxa de juros em 0,5 ponto percentual na reunião de maio, encerrando um ciclo de seis aumentos consecutivos.
O Copom ainda não anunciou as próximas decisões, afirmando que o cenário de incerteza no momento exige cautela na condução da política monetária, com possíveis novos ajustes futuros.
Produto Interno Bruto e projeções econômicas
Apesar de o IBC-Br não ser uma prévia do PIB, ele auxilia a formulação da estratégia de política monetária do país. Segundo o IBGE, o PIB brasileiro cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025, puxado especialmente pelo setor agropecuário. No ano passado, a economia avançou 3,4%, consolidando o quarto ano consecutivo de expansão e a maior desde 2021, quando o crescimento foi de 4,8%.
A expectativa é de que o crescimento continue, impulsionado por investimentos e consolidado pelo avanço do setor agrícola, mesmo diante das incertezas globais.
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