Após quase três décadas do lançamento de “28 Days Later”, diretor Danny Boyle revive a franquia, agora sob uma nova perspectiva, no aguardado terceiro filme, “28 Years Later”. Boyle destaca que, diferentemente das tradições de zumbis, os infectados do filme evoluíram, tornando-se uma ameaça mais realista e assustadora.
O significado por trás dos infectados
Boyle explica que sempre preferiu referir-se aos personagens do filme como “infectados” e não zumbis, pois quer que eles tenham comportamentos diferentes, mais próximos de uma manifestação viral do que de mortos-vivos. “Eles podem morrer, assim como qualquer pessoa, mas enquanto estiverem vivos, representam uma ameaça real”, afirma o diretor.
A transformação dos zumbis na cultura pop
“28 Days Later”, de 2002, foi um marco na reimaginação do gênero de terror, apresentando infectados que se moviam com velocidade e agressividade surpreendentes, uma inovação na época. Segundo Boyle, essa mudança foi fundamental para criar um novo padrão visual e narrativo para o subgênero.
Impactos políticos e sociais
O filme também carregava uma forte carga política e social, refletindo sobre o colapso de instituições e o medo do vazio urbano. Boyle relembra que, pouco antes do lançamento, gravou cenas em Londres em julho de 2001, momentos que foram posteriormente refletidos na narrativa após os atentados de 11 de setembro, mudando a interpretação do filme para uma abordagem sobre terror e vulnerabilidade urbana.
Sucesso e influência do filme
“28 Days Later” virou uma referência, impulsionando uma onda de produções de zumbis, como “Dawn of the Dead” (2004), “28 Weeks Later” (2007) e “Guerra Mundial Z” (2013). Além disso, a franquia gerou uma série de paródias, como “Zumbilândia” (2009), e influenciou jogos de vídeo game e séries de televisão, como “The Walking Dead”.
O novo filme e o retorno ao cenário de destruição
Com estreia marcada para 20 de junho, “28 Years Later” acompanha a história de Spike (Alfie Williams), um garoto de 12 anos que deixa a segurança da ilha Holy, na costa britânica, em busca de entender os desdobramentos do surto. Ralph Fiennes interpreta um misterioso sobrevivente, Dr. Kelson, enquanto o enredo revela que o vírus foi restringido ao Reino Unido após a quarentena, deixando o resto do mundo intacto.
“Este filme é uma oportunidade de revisitar um universo que, além de assustador, é profundamente simbólico das nossas vulnerabilidades como sociedade”, comenta Boyle. A obra promete refletir sobre os limites da resistência humana diante de uma ameaça viral realista e contemporânea.