À medida que nos aproximamos das eleições de 2026, o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), revela-se como um forte candidato ao firmar um empate técnico com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo simulações da pesquisa Quaest, divulgada recentemente. O resultado animou o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, que tem buscado consolidar a ideia de uma candidatura própria do partido. Uma eventual candidatura de Ratinho Júnior coloca o paranaense como a principal figura na fila de pré-candidatos, enquanto o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, é visto como uma opção viável.
O papel de Kassab e os laços políticos
O destino eleitoral de Ratinho Júnior está intrinsecamente ligado ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Kassab, que atualmente ocupa o cargo de secretário de Governo no estado de São Paulo, já expressou publicamente seu apoio a Tarcísio em uma possível disputa pela presidência. Nesse contexto, aliados de Ratinho afirmam que ele estaria aberto a uma candidatura como vice em uma chapa ao lado de Tarcísio.
A pesquisa também revela o ex-presidente Jair Bolsonaro, que se encontra inelegível, empatado com candidatos como Tarcísio, Eduardo Leite e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro em eventuais disputas contra Lula. Os eleitores que se identificam como bolsonaristas parecem preferir Michele como a candidata na ausência do marido, enquanto aqueles inclinados à direita que não apoiam Bolsonaro mostram-se atentos à candidatura de Tarcísio.
Possibilidade de apoio de Bolsonaro
Aliados de Ratinho não descartam a possibilidade de um eventual apoio de Jair Bolsonaro, principalmente considerando a amizade do ex-presidente com o apresentador Ratinho, pai do governador. Durante seu mandato, Bolsonaro realizou diversas visitas ao Paraná e financiou obras relevantes na região por meio da estatal Itaipu.
No início de abril, ocorreu uma reunião entre Ratinho Júnior e Bolsonaro, que durou três horas. O deputado federal Filipe Barros (PL-PR), que estava presente, afirmou que o governador firmou um acerto regional com o PL para as eleições de 2026, onde se espera que Bolsonaro tenha preferência por uma das vagas ao Senado, enquanto Ratinho Júnior ficaria com a outra.
Possíveis sucessores e desafios no Paraná
Além de seu caminho político, Ratinho Júnior enfrenta a crucial tarefa de escolher um sucessor no Paraná. O ex-prefeito de Curitiba, Rafael Greca, é um dos nomes mais reconhecidos. No entanto, ele não é bem visto por alguns aliados de Bolsonaro, devido à sua postura conciliadora em relação a adversários políticos. Atualmente, Greca ocupa o cargo de secretário estadual de Desenvolvimento Sustentável.
Entre os possíveis candidatos que Ratinho Júnior mencionou em entrevista recente estão: o secretário das Cidades, Guto Silva; o presidente da Assembleia Legislativa, Alexandre Curi; o secretário de Infraestrutura, Sandro Alex; e o vice-governador, Darci Piana – todos do PSD.
Desafios eleitorais e concorrência
A principal ameaça nas eleições é o senador Sérgio Moro (União), um ex-juiz da Lava Jato, considerado um candidato com forte apelo popular. Apesar disso, a análise é que ele não possui uma sólida estrutura política no interior do estado e enfrenta divisões em seu partido. Moro ainda aguarda decisões sobre sua colaboração com o PP, em uma superfederação que o União Brasil está construindo.
Outros adversários no cenário eleitoral incluem o ex-governador Beto Richa (PSDB), os deputados federais Zeca Dirceu (PT) e Pedro Lupion (PP), além do deputado estadual Requião Filho (PDT), todos prontos para disputar os principais cargos a partir de 2026.
Com um cenário tão dinâmico e promissor, a corrida eleitoral de 2026 promete ser competitiva, com Ratinho Júnior se posicionando como uma figura central na política brasileira. À medida que o embate se aproxima, a expectativa é que alianças estratégicas e decisões políticas moldem o futuro do país.