Brasil, 15 de junho de 2025
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PT enfrenta dificuldades para formar palanque em São Paulo

Com autoridade política em baixa, Lula encontra entraves para consolidar alianças visando a eleição de 2026.

Em meio a uma trajetória marcada por crises e desgaste, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta desafios significativos para consolidar um palanque competitivo em São Paulo, o maior colégio eleitoral do Brasil. A situação se complica devido à proximidade de alguns partidos aliados com o atual governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que pode se tornar um concorrente direto nas eleições presidenciais de 2026. Além disso, a indefinição dos candidatos capazes de fortalecer a campanha de Lula faz com que o cenário se torne ainda mais complicado.

Desafios dentro dos partidos aliados

O PSD, liderado por Gilberto Kassab, ocupa a posição de protagonismo em três ministérios e ainda mantém uma conexão direta com o governo de Tarcísio. Com os governadores do Paraná, Ratinho Jr., e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ambos mostrando interesse em candidaturas próprias, a união em torno da candidatura petista para 2026 parece incerta. Kassab, atualmente secretário estadual de Governo e Relações Institucionais, pode ser um elemento-chave nesse jogo político.

Enquanto isso, o MDB detém também três pastas na administração federal e possui uma ala que apoia Lula, especialmente no Nordeste. No entanto, a relação em São Paulo se mostra mais frágil, com muitos membros do partido mais alinhados à oposição.

Expectativas para a eleição

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, comenta sobre a possibilidade de Tarcísio buscar a reeleição, afirmando que, se o governador decidir concorrer à Presidência, as chances do MDB permanecer ao lado de Lula tendem a aumentar significativamente. Baleia Rossi, presidente do MDB, tenta evitar discussões sobre a eleição de 2026, optando por focar em um programa para governança antes de consolidar uma posição eleitoral.

A base de apoio a Lula se revela frágil. A escolha de candidatos para os cargos de governo e Senado também se mostra complexa. O desempenho do atual ministro Fernando Haddad na eleição de 2022, que o levou ao segundo turno contra Tarcísio, é visto como uma referência, mas a competição para o próximo pleito se apresenta mais desafiadora. Mesmo entre os petistas, há quem reconheça que o governador de São Paulo é considerado favorito.

A luta pelo fortalecimento da chapa petista

Recentemente, o grupo de trabalho eleitoral do PT se reuniu e concluiu que Haddad seria o candidato ideal ao governo, mesmo que ele tenha rejeitado essa ideia. Em declarações anteriores, Haddad afirmou que não pretende ser candidato em 2026, mas há uma percepção de que poderia relutar diante de um chamado de Lula.

No que diz respeito à disputa no Senado, candidatos como o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro do Empreendedorismo Márcio França e Haddad têm sido cogitados, desde que este último não decida concorrer ao cargo de governador. A estratégia do PT e de seus aliados visa garantir nomes fortes nas duas candidaturas para fortalecer a chapa de Lula.

A oposição se organiza

Enquanto o PT enfrenta dificuldades, a oposição se mobiliza e avança na formação de seus próprios palanques. Se Tarcísio decidir não buscar a reeleição, candidatos como Ricardo Nunes e o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, André do Prado, já estão sendo discutidos. No Senado, Eduardo Bolsonaro (PL) e o secretário de Segurança, Guilherme Derrite (PP), são nomes que estão em negociações avançadas para concorrer.

Recentemente, Alckmin também indicou a aliados que não tem interesse em participar das eleições em São Paulo. No entanto, suas declarações não refletem a vontade de seu partido, que deseja mantê-lo na chapa com Lula nas eleições de 2026. Historicamente, a última vez que um candidato vinculado ao PT venceu uma vaga no Senado em São Paulo foi em 2010, e nunca conseguiram uma vitória para o governo no estado.

O cenário eleitoral vai se delineando, e as alianças políticas que o PT conseguir formar em São Paulo serão fundamentais para o sucesso de Lula em 2026. Resta saber se o presidente conseguirá fortalecer sua presença política enquanto enfrenta a crescente concorrência e as divisões internas.

Saiba mais em: O Globo.

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