No próximo domingo (15), o Dia do Paleontólogo será celebrado em todo o Brasil, uma data que destaca a importância dessa ciência que estuda a história da vida na Terra. Em Fernandópolis, no interior de São Paulo, o Museu de Paleontologia irá marcar a data com a inauguração de uma nova vitrine dedicada ao Período Pleistoceno, popularmente conhecido como “Era do Gelo”. Esta nova exposição conta com réplicas em miniatura de diferentes animais pré-históricos que habitaram o Brasil, entre eles o Mastodonte e o Eremotherium.
Exposição atraente para todas as idades
A nova vitrine do Museu de Paleontologia é uma oportunidade única para o público conhecer mais sobre a fauna que existiu no Brasil há milhares de anos. Entre as réplicas apresentadas, estão o Mastodonte, um parente extinto do elefante atual; o Eremotherium, uma preguiça-gigante que podia medir até 6 metros; e o Gliptodonte, parente extinto dos tatus que chegava a ter o tamanho de um carro pequeno.
O coordenador do museu, Carlos Eduardo Maia de Oliveira, ressalta a importância das visitas escolares para despertar o interesse das crianças pela paleontologia. Em suas palavras, “aqui as crianças se fascinam e os adultos se tornam crianças novamente. Temos escolas vindo aqui toda semana e a nossa agenda está quase lotada até agosto, com visitantes de todas as regiões.”
A importância da nova vitrine
A nova vitrine foi criada como resultado de uma troca de amostras entre o Museu de Paleontologia de Fernandópolis e o Museu de História Natural de Taubaté (SP). “Ceder fósseis repetidos para o museu de Taubaté nos permitiu enriquecer nossa exposição e oferecer uma nova experiência aos visitantes,” explica Carlos.
Destaque para o fóssil raro
Um dos principais destaques da nova coleção é o fóssil de um crocodilo pré-histórico de 80 milhões de anos, encontrado na zona rural de Fernandópolis. Esta peça é considerada única no mundo e foi objeto de estudo em uma tese de doutorado na Universidade de Brasília, resultando em uma publicação científica na revista Anatomical Record. “Depois de um estudo comparativo, confirmamos que se tratava de um Baurussuquideo juvenil, uma descoberta que coloca Fernandópolis no mapa da paleontologia mundial,” acrescenta Carlos.
Visitação e localização do museu
O Museu de Paleontologia de Fernandópolis, que homenageia o professor Cristóvão Souza de Oliveira, está aberto ao público com entrada gratuita. O funcionamento acontece de terça a sexta-feira, das 8h às 17h, e aos sábados, das 13h às 18h. O endereço é Rua João Gosselein, 1470, no bairro Santa Rosa.
Além da nova vitrine, o museu possui mais de 100 fósseis em exposição, permitindo que os visitantes tenham uma visão mais ampla sobre a história da vida pré-histórica no Brasil. A importância desse espaço cultural não só enriquece o conhecimento científico, mas também fomenta a curiosidade e o interesse pela história natural entre as novas gerações.
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