Brasil, 15 de junho de 2025
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Maratona do Rio 2025: Mulheres se tornam maioria entre os corredores

A Maratona do Rio terá, pela primeira vez, mais mulheres que homens entre os participantes. Um marco na história do evento.

A Maratona do Rio, um dos mais importantes festivais de corridas de rua na América Latina, está prestes a acontecer, reunindo 60 mil corredores nas ruas do Rio de Janeiro. O evento, que ocorrerá entre esta quinta-feira e o próximo domingo, marca um feito inédito: pela primeira vez, a maioria dos participantes será feminina. Com um total de 31.200 mulheres inscritas, elas representam 52% dos corredores, superando a igualdade entre os gêneros observada em 2024. Esse aumento reflete um crescimento de 12% no número de mulheres que participa de maratonas em comparação aos últimos quatro anos.

O crescimento feminino na corrida de ruas

Historicamente, as mulheres já eram maioria nas distâncias de 5 km, 10 km e 21 km, mas o que se destaca agora é o avanço também nas distâncias mais longas, como a maratona tradicional de 42 km e o desafio que combina 21 km e 42 km. Essa tendência demonstra não apenas a paixão das mulheres pela corrida, mas também a quebra de barreiras que antes limitavam sua participação em eventos de resistência.

Um exemplo desse novo cenário é Lucineide Almeida, contadora de 45 anos e natural de Caruaru (PE). Esta será a terceira vez que ela participará da Maratona do Rio. Em 2023, ela completou apenas a prova principal; em 2024, enfrentou o desafio de 21 km + 42 km. Neste ano, Lucineide treinará para completar todas as distâncias oferecidas: 5 km, 10 km, 21 km e 42 km, um feito que considera desafiador e gratificante.

Histórias inspiradoras de superação

Lucineide reflete sobre sua jornada na corrida com entusiasmo e emoção. “Até eu não acredito que cheguei até aqui”, diz, entre risadas. O percurso de vida dela não foi fácil – desde a perda do pai em um acidente quando tinha apenas 5 anos até a necessidade de trabalhar desde os 16 para ajudar a sustentar a família. “Eu queria seguir no atletismo, até porque o esporte cria muitas possibilidades”, conta. Com o tempo dedicado à sua carreira em contabilidade, foi só aos 37 anos que Lucineide decidiu voltar a se dedicar ao esporte que sempre amou.

“A corrida é meu momento de extravasar”, explica. Apesar dos desafios e da solidão das corridas em sua cidade natal, Lucineide encontrou no esporte uma forma de se conectar consigo mesma e de transformar sua vida. A expectativa para a Maratona do Rio é palpável e, assim como ela, outras participantes também têm histórias marcantes para compartilhar.

Valquiria Bomfim, de 31 anos, correrá pela primeira vez uma prova de 21 km e também está entusiasmada com a experiência. Natural de Cabo Frio, ela se sentiu desafiada a se inscrever para o evento após completar sua primeira corrida de 10 km. “A Maratona do Rio é o sonho de milhares de pessoas”, afirma Valquiria, que passou horas na fila de espera online para garantir sua inscrição. “Me dediquei aos treinos e encarei o desafio, mesmo sabendo que é um salto grande”, complementa a nutricionista, que deseja completar a meia maratona em 2h15.

Desafios enfrentados pelas mulheres nas corridas

Valquiria, assim como muitas mulheres, enfrenta uma rotina intensa, equilibrando dois empregos e a especialização em nutrição esportiva. Ela reflete sobre as dificuldades que as mulheres enfrentam para se manterem ativas e competindo. “Mulheres geralmente têm mais dificuldades para se dedicar aos treinos, muitas vezes priorizando as necessidades dos outros”, afirma Valquiria. “A simples tarefa de cumprir uma rotina de treinos já pode ser um complicador.”

Ambas, Lucineide e Valquiria, são exemplos de determinação e resiliência. As histórias delas refletem não apenas o crescimento da participação feminina em maratonas, mas também uma mudança cultural onde cada vez mais mulheres se sentem motivadas a buscar seus sonhos através do esporte.

Assim, a Maratona do Rio 2025 não é apenas uma competição; é um símbolo de conquista, superação e, principalmente, uma celebração da força feminina que ganha espaço entre os corredores das ruas cariocas.

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