Em um momento em que a saúde mental e emocional é tantas vezes negligenciada, Gabi Roncatti apresenta uma alternativa inovadora e tocante. Ex-atriz da TV Globo, ela agora se dedica a uma missão que vai além do entretenimento: levar alegria e riso a hospitais como palhaça terapeuta. Neste artigo, conheça a trajetória da artista e o impacto de seu trabalho nas vidas de pacientes e suas famílias.
Uma transição natural da TV para os hospitais
Nascida em São Paulo, Gabi Roncatti começou sua carreira nas telas com programas icônicos como “Fantasia” do SBT e produções da TV Globo. Apesar de suas conquistas na televisão, foi a união entre arte e solidariedade que realmente moldou sua trajetória. Em entrevista ao iG Gente, ela comenta: “Eu sempre brinco que o hospital é um palco escondido. A plateia é pequena, mas é a mais especial que existe.”
O projeto Rumo ao Riso: do conceito à realidade
Seu projeto, Rumo ao Riso, lançado em 2024 com o apoio da Blau Farmacêutica, se propõe a transformar o ambiente hospitalar por meio da música, literatura e da palhaçaria, criando um espaço mais humano e acolhedor. “Estamos atuando principalmente em hospitais da Bahia e de São Paulo”, compartilha Gabi, ressaltando a importância de tornar o tratamento médico mais leve e menos traumático para os pacientes.
Formação e impactos da risoterapia
A palhaça terapeuta investiu em sua formação ao longo dos anos, buscando referências internacionais que a ajudaram a entender melhor as dinâmicas do riso e da risoterapia. Gabi observa que a prática vai além do entretenimento: “Crianças que não queriam tomar medicação se acalmam, pacientes sem apetite voltam a comer… O riso é uma resposta biológica poderosa.” Estudos científicos corroboram seus apontamentos, mostrando que a risoterapia pode contribuir para resultados mais eficientes no tratamento de várias condições médicas.
As emoções e desafios de um trabalho intenso
Apesar dos benefícios, Gabi também compartilha um lado mais pesado dessa experiência: “O maior desafio é lidar com a gente mesmo. A gente vê muita dor real, diferente da ficção da TV.” Para lidar com isso, é necessário um suporte psicológico e emocional, fazendo com que ela utilize terapia para não trazer os pesos dos hospitais para sua vida pessoal.
Expansão dos horizontes: um sonho além das fronteiras
Com planos de levar o Rumo ao Riso para a Argentina e, futuramente, outros países da América Latina, a palhaça terapeuta tem como objetivo formar uma rede internacional de palhaços terapeutas. Gabi acredita que o riso e a empatia são universais, e declara: “Quero atingir mais pessoas, mostrar que gargalhar é bom.” Essa visão vai além do ambiente hospitalar, pois ela defende que empatia e compaixão são essenciais para um convívio social saudável.
O riso como filosofia de vida
Em suas palavras finais, Gabi encerra com uma reflexão poderosa: “Sem humor, sem empatia e sem compaixão, a gente não é nada. O sorriso e o amor, para mim, sempre vão ser a resposta.” Sua jornada serve como um lembrete da importância de trazermos leveza, cuidado e risos para momentos que muitas vezes são pesados, mostrando que o riso pode, sim, ser um grande remédio.