Ao assistir filmes e séries, é comum nos depararmos com buracos de enredo que desafiam a inteligência e o bom senso do público. Desde detalhes pequenos, como pregos esquecidos, até questões complexas de narrativa, esses erros podem atrapalhar a imersão e até gerar dúvidas sobre a coerência da obra.
Buracos de roteiro mais discutidos em títulos populares
Filmes de ação e suspense
Um dos exemplos clássicos é em “A Quiet Place”, onde a ausência de passos por animais ou pessoas ao redor da água levanta questionamentos sobre a lógica do isolamento dos personagens. Como ninguém tinha pisado na parafada no escuro, por exemplo? Além disso, a rapidez na impressão de jornais após uma invasão alienígena compromete a credibilidade do cenário.
Outro trecho intrigante acontece em “Jurassic World”. Como uma nova fábrica de dinossauros foi criada após o caos anterior? Parece contraditório com o fato de que o parque tenha sido fechado por motivos de segurança.
Séries de fantasia e ficção científica
Em “Stranger Things”, a sobrevivência de Hopper após uma explosão gigante soa mais como uma conveniência narrativa do que uma explicação realista, já que muitos personagens parecem vaporizar na mesma cena. Ainda, a presença de spores em um único local específico parece uma escolha de roteiro forçada mais do que uma questão de lógica biológica.
Na série “Severance”, a demora na reintegração de Mark e a ausência de menção a Petey fazem soar como soluções forçadas, criadas apenas para avançar na trama sem coerência interna.
Filmes de super-heróis e mundos alternativos
Em “Vingadores: Endgame”, a ausência de reação global às mortes e desintegrações é surreal. Como ninguém percebe o caos, e por que a comunicação entre os heróis foi tão fragmentada? Além disso, a rapidez na formação de grupos e a ausência de ações coordenadas parecem mais uma limitação de roteiro do que uma escolha realista.
Buracos em personagens e suas ações inexplicáveis
Na animação “Tangled”, perguntas sobre a origem dos móveis na torre de Rapunzel e como ela conseguiu manter um castelo tão equipado parecem detalhes esquecidos na trama. Como Gothel trouxe tudo ali, sem um aliado para ajudá-la?
Outra curiosidade surge em “Hannah Montana”: se Miley é filha de um famoso músico na mesma história, por que ninguém desconfiou de sua identidade disfarçada, mesmo com seu pai deixando isso evidente em público?
Questões de cronologia e continuidade
Na saga “Pretty Little Liars”, a passagem de dois anos em poucas semanas na narrativa cria uma linha do tempo confusa, ignorando perdas de personagens e mudanças dramáticas, como uma tentativa de acelerar acontecimentos sem explicações plausíveis.
Já em “Lost”, o segredo envolvendo Libby e Hurley nunca foi esclarecido, deixando um vazio na narrativa que nunca recebeu uma resolução satisfatória, alimentando a frustração dos fãs.
Questões de poder, magia e tecnologia
Em “Harry Potter”, a lealdade da Varinha do Élder e as decisões de Harry de não substituir sua varinha durante a batalha final geram descontentamento. Por que ele optou por usar uma varinha que não era sua?, enquanto em “Joe” de “You”, a facilidade com que ele constrói sua gaiola móvel desafia a lógica de um criminoso psicológico.
Em “Vampire Diaries”, a cura transformada em sangue gera dúvidas sobre a imortalidade, envelhecimento e o funcionamento do cura, que parece inconsistentes dependendo da situação ou do personagem.
Desafios logísticos e detalhes forçados
Em “Thunderbolts”, Yelena e seu pai falam em inglês diante de inimigos e em situações que exigiriam comunicação mais discreta, o que parece uma escolha artística mais do que uma questão de narrativa realista.
Na franquia “Jurassic”, a criação de parques de dinossauros após o primeiro ataque resultou numa desconexão total com o que se esperava de um mundo que tenta se recuperar do caos.
Conclusão: O que esses buracos de enredo nos ensinam?
Embora muitos desses erros sejam pequenos ou circunstanciais, eles revelam como a pressa ou o desejo de avançar na história podem comprometer a lógica e a credibilidade das obras de ficção. Ainda assim, a diversão continua, desde que o público esteja disposto a aceitar essas imperfeições como parte do charme do cinema e da TV.
Seja na TV, no cinema ou nos quadrinhos, esses buracos criam uma espécie de desafio divertido para fãs mais atentos, que adoram desconstruir e entender cada detalhe por trás das cenas mais confusas.