Durante uma coletiva de imprensa do Departamento de Segurança Interna, o senador Alex Padilla (California) foi removido à força e colocado de cabeça para baixo por agentes do FBI após tentar fazer perguntas à secretária Kristi Noem. O episódio ocorreu nesta semana e gerou forte repercussão nas redes sociais, com a resposta viral do governador da Califórnia, Gavin Newsom,.
Incidente política provoca crise e reações de líderes
Segundo relatos, Padilla entrou na sala afirmando: “Sou o senador Alex Padilla. Tenho perguntas para a secretária”, antes de ser interrompido com força pelos agentes. Uma testemunha afirmou que o senador foi detido temporariamente e testemunhou a ação na qual foi derrubado por agentes públicos. Após o episódio, Noem e Padilla tiveram uma reunião de 10 a 15 minutos, considerada cordial por ambas as partes, com troca de contatos telefônicos.
Em grupos de políticos e na mídia, o episódio acelerou uma onda de críticas. O deputado por Vermont, Becca Balint, declarou que “não há palavras para descrever a agressão física a um senador dos EUA por participar de uma coletiva.” Já o senador Chris Murphy, de Connecticut, chamou o episódio de “momento gravíssimo”, afirmando que muitos parlamentares estão buscando entender os fatos.
Reação de Gavin Newsom viraliza nas redes sociais
A resposta do governador da Califórnia, Gavin Newsom, ganhou destaque na internet por sua contundência: “Se eles podem algemar um senador dos EUA por fazer uma pergunta, imagine o que farão com você.” A mensagem foi amplamente compartilhada e gerou ataques do Departamento de Segurança Interna (DHS), que afirmou que Padilla interrompeu a coletiva de forma desrespeitosa, sem identificação formal de seu cargo.
O comunicado do DHS acrescentou que o senador tentou avançar contra a secretária Noem e que os agentes agiram de forma adequada, seguindo procedimentos de segurança. Em contrapartida, a assessoria de Newsom rebateu o posicionamento, dizendo que ele apenas afirmou o nome do senador, “a primeira coisa que ele faz no vídeo”, e comparou a ação com regimes autoritários, afirmando que “se um presidente fizesse isso fora do país, teríamos um termo para descrevê-lo: ditador.”
Impacto e perspectivas futuras
Este episódio marca um momento de alta tensão na política americana, refletindo o clima de polarização e conflito institucional. A comunidade política observa de perto as próximas ações e possíveis investigações sobre a conduta dos agentes envolvidos.
Essa controvérsia aumenta o debate sobre os limites de autoridade e o direito de jornalistas e políticos de questionar o governo em público, alimentando ainda mais o clima de instabilidade no cenário nacional.
