Brasil, 14 de junho de 2025
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Marines detêm civis em Los Angeles pela primeira vez em missão

Marines detiveram um civil em Los Angeles durante operação para proteger edifícios federais, em meio a protestos sobre imigração.

Um acontecimento inédito ocorreu na sexta-feira em Los Angeles, onde marines dos Estados Unidos detiveram temporariamente um civil pela primeira vez desde que foram mobilizados para a cidade. A situação aconteceu no Edifício Federal Wilshire, no contexto da proteção de instalações e funcionários federais, acionada em resposta a dias de protestos relacionados a operações de imigração realizadas pela ICE.

A detenção e o relato do civil

Após a divulgação de imagens que documentaram o incidente, o comando militar dos EUA confirmou que as tropas ativas têm o direito de detiver indivíduos em circunstâncias específicas. Na ocasião, um homem identificado como Marcos Leao, de 27 anos, foi detido ao cruzar uma fita amarela que delimitava a área de segurança. Ele relatou que estava a caminho de um escritório do Departamento de Assuntos de Veteranos quando foi abordado pelos marines.

Leao, que é veterano do Exército e adquiriu a cidadania americana através de seu serviço militar, afirmou que a experiência foi justa. “Eles estão apenas fazendo o trabalho deles”, disse ele, mencionando sua ascendência angolana e portuguesa.

Missão dos marines e apoio nacional

Atualmente, aproximadamente 200 marines e mais de 2.000 membros da Guarda Nacional estão em missão em Los Angeles, encarregados de proteger a propriedade e os funcionários federais. Em breve, esses números serão reforçados com mais 500 marines e outros 2.000 soldados da Guarda Nacional. A presença militar é uma resposta direta a preocupações com a segurança durante as operações de imigração na região.

Os militares estão autorizados a deter pessoas que possam representar uma ameaça aos funcionários ou propriedades federais, mas essa detenção deve ser temporária, terminando assim que a polícia puder assumir a custódia dos indivíduos. Vale lembrar que as tropas não têm permissão para realizar prisões. O Posse Comitatus Act, legislação que limita o uso do militar nas atividades civis, normalmente proíbe o envolvimento do Exército em ações de policiais.

Possibilidades futuras e contexto legal

O presidente Donald Trump possui a opção de acionar o Insurrection Act, o que permitiria que as tropas interagissem diretamente com a execução da lei civil, algo que poderia intensificar ainda mais o papel militar em situações de ordem pública. As circunstâncias atuais estão causando um debate acalorado em toda a nação, sobre os limites da intervenção militar em questões civis, especialmente em tempos de tensões sociais crescentes.

Os desafios enfrentados pelas autoridades se ampliam diante da crescente mobilização de militantes que questionam as políticas de imigração e as operações da ICE, intensificando a vigilância sobre as ações governamentais e a autonomia do envolvimento militar em assuntos civis. O papel das forças armadas na proteção de propriedades federais e na manutenção da ordem civil continua a ser um tema relevante e polêmico.”

O incidente em Los Angeles serviu como um lembrete da fragilidade entre a segurança e os direitos civis, levando muitos a questionar até onde vai a intervenção do estado na vida diaria dos cidadãos.

Com o país já dividido em várias questões sociais, a operação em Los Angeles poderá intensificar ainda mais esse debate, sobretudo no contexto de uma América que luta para equilibrar segurança e direitos humanos.

(Reporte de Omar Younis, Phil Stewart, Idrees Ali; Edição de Leslie Adler e Sandra Maler)

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