Nesta semana, Christy Walton, herdeira de 76 anos do acionista da Walmart John Walton, comprou um anúncio na The New York Times incentivando críticos de Donald Trump a participarem das manifestações contra a parada militar prevista para sábado, em uma ação que reacendeu tensões na cultura política americana.
Reação de apoiadores de Trump e boicote à Walmart
O anúncio, contendo a frase “A honra, dignidade e integridade do nosso país não estão à venda”, foi alvo de críticas intensas nas redes sociais de apoiadores do ex-presidente. Influenciadores da direita, como Laura Loomer e figuras do governo, incluindo Kari Lake e a congressista Anna Paulina Luna, atacaram Walton, pedindo que consumidores boicotem a rede de lojas.
Por outro lado, representantes da Walmart repudiaram o envolvimento da herdeira, salientando que “as colocações de Christy Walton não representam a visão da loja” e que ela “não faz parte da gestão”. Em nota, a companhia condenou todas as formas de violência e destacou seu compromisso com a segurança de clientes e funcionários, especialmente na região de Los Angeles, onde protestos estão ocorrendo.
Contexto do protesto e impacto econômico
Walton também enviou uma declaração à HuffPost afirmando que a mensagem foi “pessoal” e voltada ao incentivo ao diálogo pacífico e cívico, sem qualquer financiamento ou envolvimento em manifestações. Ela reforçou a importância de a sociedade “ouvir diferentes opiniões e engajar-se de forma construtiva”.
O clima político tenso está relacionado às críticas ao gasto do ex-presidente com a parada militar, avaliada por especialistas como um evento de alto custo, e às ações de força utilizadas por Trump em protestos anteriores, incluindo o uso de gás lacrimogêneo durante manifestações públicas.
Repercussão nas redes e possíveis consequências
Na plataforma X (antigo Twitter), contas de extrema-direta promoveram boicotes à Walmart, alegando que a herdeira estaria apoiando o que consideram “ameaças à ordem”. A controvérsia expõe o choque entre pedidos de diálogo cívico e polarização política extrema nos Estados Unidos, aprofundada pela disputa sobre o papel do Estado nas manifestações e na monetização de posições pessoais de figuras influentes.
O debate ainda envolve a postura da Walmart frente às tensões políticas, enquanto analistas apontam que a situação reforça a imprevisibilidade das ações de indivíduos com vínculos indiretos às grandes corporações.
Futuro incerto para o boicote e manifestações
Especialistas indicam que manifestações similares podem aumentar diante de ações de figuras públicas que defendem causas políticas, seja apoiando ou criticando o governo. A próxima semana deve revelar se o movimento de boicote à Walmart terá impacto efetivo nas vendas ou se continuará a circular sobretudo pelas redes sociais, sustentando uma disputa de narrativas polarizadas.