Brasil, 14 de junho de 2025
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Entenda os símbolos da neurodiversidade e seus significados

Símbolos como girassol e quebra-cabeça ajudam a reconhecer e a promover direitos de pessoas neurodivergentes no Brasil.

A neurodiversidade é um tema que ganha cada vez mais destaque na sociedade brasileira, especialmente quando falamos dos direitos e da inclusão de pessoas neurodivergentes. Dentre os símbolos que representam esse movimento estão o girassol, o símbolo do infinito e as peças de quebra-cabeça. Mas, o que realmente cada um desses símbolos representa? Vamos explorar seu significado e a importância deles para a conscientização e representação no Brasil.

Neurodiversidade e neurodivergência: compreendendo os conceitos

O termo neurodiversidade refere-se à variedade das funções neurológicas humanas e à aceitação das diferenças de cada indivíduo. Por outro lado, neurodivergência abrange aqueles cujas condições neurológicas não seguem um padrão considerado típico pela sociedade, como pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), TDAH e dislexia.

Essas definições são importantes para desmistificar preconceitos e promover a aceitação. A neuropediatra Dra. Joana Torres explica que a neurodivergência busca colocar em evidência a singularidade que cada neurotipo traz à sociedade, enquanto a neurodiversidade vislumbra um mundo onde essas diferenças são compreendidas e respeitadas.

Os símbolos da neurodiversidade: significados e funções

Dentre os diversos símbolos que representam a neurodiversidade, três se destacam: o girassol, o símbolo do infinito e o quebra-cabeça. Cada um deles possui um significado único e uma função específica na promoção da inclusão e do reconhecimento das pessoas neurodivergentes.

Girassol: identificação e direitos

O girassol se tornou um símbolo nacional de identificação para pessoas com deficiências ocultas, conforme a Lei 14.624. Este símbolo abrange condições como autismo, diabetes e limitações intelectuais. O uso do cordão de girassol é opcional e busca facilitar o acesso a direitos e a prestação de serviços para aqueles que utilizam este símbolo, promovendo compreensão e empatia na sociedade.

Símbolo do infinito: diversidade natural

O símbolo do infinito combina as cores do arco-íris e é associado à ideia de que a neurodiversidade é uma parte natural da condição humana. Seu uso é popular entre pessoas que favorecem uma abordagem inclusiva e positiva em relação às variáveis neurológicas, ajudando a desafiar estigmas e preconceitos.

Quebra-cabeça: uma representação complexa

Historicamente, o quebra-cabeça foi criado como símbolo do Transtorno do Espectro Autista e representa a complexidade desse espectro. No entanto, a sua conotação de “falta de peças” é criticada por muitos no movimento atual, que preferem não se associar a este símbolo, buscando um reconhecimento que não implica em uma ideia de deficiência ou quebra.

Direitos das pessoas com neurodivergência no Brasil

No Brasil, os direitos das pessoas neurodivergentes estão garantidos por diversas legislações, incluindo a Lei Federal nº 12.764/12, que reconhece o TEA como uma deficiência. Isso assegura que as pessoas com autismo tenham acesso a uma série de direitos, desde atendimento prioritário em instituições públicas até a emissão de carteiras de identificação específicas.

Os avanços nas leis refletem uma preocupação em garantir igualdade e acessibilidade, como é o caso das vagas reservadas em estacionamentos e assentos em transportes públicos. Além disso, é importante ressaltar que planos de saúde não podem recusar atendimento para indivíduos com TEA.

A importância da conscientização e inclusão

A conscientização sobre neurodiversidade e neurodivergência é crucial para promover uma sociedade mais inclusiva e respeitosa. Compreender os símbolos que representam essas condições é um passo fundamental para desconstruir preconceitos e lutar pela efetivação dos direitos de pessoas neurodivergentes. O Ceará, por exemplo, tem um percentual significativo de pessoas autistas, segundo dados do IBGE, o que torna essa discussão ainda mais pertinente na região.

Através da educação e da sensibilização, podemos criar um ambiente que valorize a diversidade e assegure dignidade a todos, respeitando as particularidades de cada indivíduo.

Por fim, encoraja-se a sociedade a adotar uma postura mais acolhedora e informada, utilizando símbolos da neurodiversidade não apenas como identificadores, mas como ferramentas de mudança e inclusão social.

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