Brasil, 14 de junho de 2025
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Declínio nas ordenações de diáconos permanentes nos EUA aponta desafio para a Igreja

Número de novas ordenações de diáconos permanentes caiu quase 200 entre 2023 e 2024, revelando dificuldades na vocação e no ministério.

A quantidade de diáconos permanentes ordenados nos Estados Unidos registrou uma forte queda, passando de 587 em 2023 para 393 em 2024, segundo pesquisa publicada pelo Center for Applied Research in the Apostolate (CARA) da Universidade de Georgetown.

Declínio nas ordenações de diáconos nos EUA em 2024

O relatório “A Portrait of the Permanent Diaconate in 2024” revela uma redução de quase 200 ordenações em um ano. A pesquisa, realizada em colaboração com a Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB), abrange dados de 138 dioceses e arquidioceses.

Segundo o estudo, estima-se que haja atualmente cerca de 20.212 diáconos permanentes no país, sendo aproximadamente 20.022 no rito latino e 189 no rito oriental.

Em 2024, cerca de 11.503 diáconos estavam em ministério ativo, levando a uma estimativa total de 13.864 diáconos atuantes quando se considera aqueles que não responderam ao levantamento.

O relatório também aponta que, enquanto 393 diáconos foram ordenados em 2024, 545 se aposentaram e 361 faleceram, números que demonstram a difícil reposição de vocações.

Distribuição dos diáconos pelas regiões dos EUA

Entre as dioceses com maior número de diáconos permanentes, destaca-se a Arquidiocese de Chicago, com 848. Outras com números elevados incluem Atlanta (385), Nova York (369), San Antonio (361) e Galveston-Houston (316).

Por outro lado, a Diocese de Rapid City, na Dakota do Sul, registra o menor total, com 43 diáconos, seguida por Lexington (Kentucky) com 77, Duluth (Minnesota) com 63, Bismarck (North Dakota) com 94 e Tulsa (Oklahoma) com 105.

Características dos diáconos nos EUA

O estudo aponta que 93% dos diáconos permanentes ativos são casados, enquanto apenas 4% são viúvos e 2% nunca foram casados.

Além disso, a maior parte (96%) tem idade de entrada no ministério acima de 50 anos, com 18% na faixa dos 50, 41% na dos 60 e 38% com 70 anos ou mais.

As respostas indicam que a maioria é branca não hispânica (74%), com 20% identificando-se como hispânicos ou latinos, 3% asiáticos e 2% negros.

Quanto à escolaridade, 66% possuem nível universitário, incluindo 15% com formação de pós-graduação em áreas relacionadas ao ministério religioso. Aproximadamente 16% têm apenas o ensino médio completo.

Programas acadêmicos e de formação pós-ordenção

Praticamente todas as dioceses e arquidioceses (98%) contam com um diretor responsável pela formação dos diáconos, sendo que 43% desses profissionais atuam em tempo integral.

Além disso, 92% oferecem programas de formação contínua, com 27% desses programas realizados em espanhol. Entre os que ainda não possuem tais programas, 30% pretendem implementá-los nos próximos dois anos.

De acordo com o estudo, 90% das unidades requerem que os diáconos participem de atividades de formação após a ordenação, com uma média de 20 horas anuais de preparo.

Especificamente na Igreja latinas, 91% das dioceses exigem formação contínua, ao passo que nenhuma diocese do rito oriental relatou tal exigência.

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