Em 14 de junho de 2025, ao celebrar o 250º aniversário do Exército dos Estados Unidos, o presidente Donald Trump realizará uma parada militar que muitos interpretam como um símbolo autoritário, evocando imagens de regimes soviéticos. Coincidindo com o evento, também se comemorará o 79º aniversário do Dia da Bandeira e a data será marcada por críticas às tendências antidemocráticas em várias partes do mundo.
Assinatura de uma carta moderna contra o fascismo
Mais de 30 países, incluindo 28 laureados com o Nobel, assinaram uma carta moderna semelhante à Carta dos Intelectuais Antifascistas de 1925, emitida na Itália após Mussolini consolidar seu poder. Este documento alerta para o crescimento de ações autoritárias e militarizadoras, ressaltando o aumento do risco de uma nova onda de fascismo.
Dados alarmantes sobre o avanço autoritário
De acordo com o Relatório de Democracia do Instituto V-Dem, 72% da população mundial vive atualmente sob regimes autocráticos — quase três em cada quatro pessoas. Essa tendência não se restringe aos Estados Unidos. Países como Israel, Hungria, Índia, El Salvador e Turquia têm mostrado sinais preocupantes de perda de liberdades civis e repressão às oposições.
Repressão nos EUA e ameaça à democracia
Nos Estados Unidos, cenas que lembram regimes autoritários do passado se tornaram comuns, com operações de imigração em locais públicos e a presença de militares e Guarda Nacional em manifestações. Esses fatos alarmam estudiosos e cidadãos, pois indicam uma crescente manipulação das instituições democráticas.
Legado histórico e responsabilidade dos intelectuais
Inspirados pela Carta de Benedetto Croce, publicada em 1925 na Itália, que alertava contra a passividade diante do fascismo, acadêmicos e intelectuais brasileiros e internacionais assinam atualmente uma nova carta contra o retorno do fascismo. Mais de 400 estudiosos já reafirmaram a importância de resistir à passividade frente à ascensão de regimes autoritários.
O risco da cumplicidade e futuros passos
Os signatários destacam que a tentativa de negociar ou se calar diante de ações antidemocráticas equivale à cumplicidade. Frente às tendências de autoritarismo que se ampliam globalmente, eles aconselham a necessidade de enfrentamento e vigilância contínuos para proteger as liberdades civis e a democracia.
Este movimento ocorre em um momento em que ações coordenadas de repressão, censura e ascensão de líderes autocráticos evidenciam um risco real de uma nova fase de regimes fascistas. A história e o presente nos convocam a sermos vigilantes para evitar que o autoritarismo se torne a norma novamente.