O presidente Donald Trump afirmou nesta semana que a implantação de milhares de membros da Guarda Nacional em Los Angeles pode ser apenas o começo, indicando a possibilidade de ampliações para outras cidades dos Estados Unidos. A medida ocorre em meio a tensões geradas por protestos contra operações de imigração realizadas no município californiano.
Guarda Nacional pode ser enviada a outras cidades
De acordo com Trump, futuras ações serão decididas com base na reação de cada localidade aos protestos e às operações de fiscalização, destacando que, caso outros municípios adotem uma postura semelhante à de Los Angeles, o governo avalia enviar apoio militar adicional. “Se a situação fugir do controle, o presidente considerará a atuação da Guarda Nacional de forma caso a caso”, afirmou o porta-voz da administração, Tom Homan.
O oficial também revelou que a força militar poderia fornecer segurança, transporte, infraestrutura e inteligência às operações de fiscalização, embora deixe claro que não há previsão de participação direta na prisão de imigrantes. “A presença da Guarda Nacional é para garantir a ordem e o apoio logístico”, explicou Homan.
Contexto dos protestos e reforço militar
As declarações acontecem após a mobilização do Exército e da Guarda em Los Angeles, contra a oposição de autoridades estaduais e locais, em resposta a operações de imigração que resultaram na prisão de pelo menos 330 imigrantes sem documentação legal. Apesar de, em sua maioria, os protestos terem sido pacíficos, tensões fizeram com que algumas áreas do centro da cidade fossem colocadas sob toque de recolher entre as 20h e as 6h, até quinta-feira.
As manifestações se espalharam por outros Estados, com grupos de cidadãos saindo às ruas em solidariedade a Los Angeles e contra as políticas migratórias do governo Trump. O episódio intensificou o debate nacional sobre imigração e o uso da força militar em operações de fiscalização.
Perspectivas futuras e implicações
Especialistas alertam que a possível ampliação do uso da Guarda Nacional em diferentes regiões pode gerar repercussões políticas e sociais, incluindo aumento da polarização e debates sobre direitos civis. O presidente Trump reafirmou seu compromisso de fortalecer a fiscalização, reforçando que ações adicionais dependerão do grau de resistência e da situação de cada localidade. A orientação da administração, por enquanto, é que a atuação da força militar seja limitada ao apoio logístico e de segurança, sem engajamento direto em prisões.