Após os ataques aéreos de Israel contra o programa nuclear iraniano na noite de quinta-feira, o petróleo Brent teve o maior avanço intradiário desde 2022, chegando a subir 13% e ultrapassando US$ 78 o barril. Essa movimentação refletiu a preocupação dos mercados com a possibilidade de uma guerra mais ampla no Oriente Médio, região responsável por um terço da produção global de petróleo.
Reação do mercado e impacto no petróleo e ouro
Por volta das 7h40, o preço do petróleo Brent recuou levemente, operando a US$ 75,30 o barril, alta de 5,94%. O petróleo leve americano (WTI), referência nos EUA, também apresentava forte alta, cotado a US$ 73,94, avanço de 5,90%.
O ouro, considerado refúgio para investidores em momentos de instabilidade, valorizou-se até 1,7%, chegando perto do recorde. Às 7h40, o contrato para venda em agosto atingia US$ 3.443,50 a onça-troy, alta de 1,21%. Segundo analistas, essa resposta reflete o aumento da aversão ao risco nos mercados financeiros internacionais.
Reações globais e movimentos dos mercados internacionais
Na Ásia, as Bolsas fecharam em queda, com Tóquio recuando 0,89%, Hong Kong 0,59% e Shenzhen 0,72%. Na Europa, os principais índices também operaram no vermelho: Frankfurt caiu 1,41%, Paris 1,14% e Londres 0,38%. Nos Estados Unidos, os futuros indicam uma abertura em baixa: S&P recuando 1,3%, Dow Jones 1,14% e Nasdaq 1,43%.
Segundo Matthew Haupt, gestor de portfólio da Wilson Asset Management, “estamos vendo movimentos clássicos de aversão ao risco. A velocidade e a escala da resposta de Teerã serão determinantes para a duração dessas volatilidades”.
Contexto geopolítico e potencial impacto na economia mundial
O conflito reascendeu tensões no Oriente Médio, uma região que, além de produzir uma expressiva parcela do petróleo mundial, possui um impacto geopolítico de grande relevância. A preocupação com uma escalada do conflito levou os investidores a buscarem proteção em ativos tradicionais, como o ouro, e a reduzirem sua exposição a ações globais.
Especialistas destacam que, embora a reação mais forte tenha sido no petróleo, a queda nos mercados demonstra atenção à possibilidade de uma escalada prolongada. O mercado de energia, por sua vez, permanece atento ao desdobramento dos acontecimentos, já que uma crise na região pode levar à interrupção no fornecimento e alta de preços.
Perspectivas futuras e riscos inflacionários
Analistas ressaltam que a situação ainda é incerta e que a continuidade dos ataques ou uma eventual escalada podem manter a volatilidade nos mercados. A valorização do petróleo e do ouro já refletem expectativas de instabilidade prolongada, com possíveis efeitos inflacionários e impacto na recuperação econômica global.
Enquanto isso, mercados financeiros seguem monitorando os desdobramentos, buscando ajustar suas estratégias diante de um cenário de incerteza cada vez maior.
Para mais detalhes, acesse a matéria completa no Fonte original.