Brasil, 14 de junho de 2025
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Pesquisa revela que 36% dos brasileiros veem Janja como um obstáculo para o governo Lula

Dados mostram que ações da primeira-dama geram mais críticas que apoio à gestão Lula.

Uma pesquisa realizada pelo Datafolha e divulgada nesta sexta-feira trouxe à tona uma realidade inquietante sobre a percepção da primeira-dama, Janja Lula da Silva, entre os brasileiros. De acordo com os dados, 36% dos entrevistados acreditam que as ações de Janja mais atrapalham do que ajudam o governo de seu marido, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Este cenário evidencia uma crescente insatisfação que, além de impactar a imagem da primeira-dama, também reflete nos desafios enfrentados pela administração atual.

A repercussão negativa das falas de Janja

A primeira-dama tem enfrentado críticas após polêmicas, como a sua declaração sobre o TikTok durante uma visita à China, ao lado do presidente Xi Jinping. O incidente teria gerado um desconforto entre os membros da comitiva brasileira, resultando em uma onda de críticas direcionadas a Janja nas redes sociais. A oposição, por sua vez, intensificou a divulgação negativa, manifestando descontentamento com sua postura.

Os números da pesquisa indicam que apenas 14% dos entrevistados acreditam que as atitudes de Janja são benéficas para o governo, enquanto 40% afirmam que seu comportamento não faz diferença. Além disso, 10% dos participantes não têm uma opinião clara sobre o assunto. Ressalta-se que a desaprovação é acentuada entre aqueles com nível superior, onde 49% responderam que Janja atrapalha a gestão, em comparação a 34% entre quem possui ensino médio e 26% entre os que têm apenas o fundamental completo.

Menções negativas a Janja em alta

Sobre as reações nas redes sociais, a consultoria Palver monitorou a repercussão dos comentários de Janja, observando um aumento significativo nas menções a seu nome. Um episódio específico gerou 456 menções a cada 100 mil mensagens em grupos de WhatsApp, e 60% dessas interações foram consideradas negativas. Janja, em resposta à má repercussão, declarou que não há protocolo que a impeça de se manifestar.

Outro ponto controverso foi sua defesa pela regulação das redes sociais com base no modelo chinês, que inclui penalizações severas. Ao participar do podcast “Se ela não sabe, quem sabe”, Janja usou esse argumento, provocando novo pico de menções, com 154 citações registrados a cada 100 mil publicações. Nessa ocasião, 35% das menções foram negativas, enquanto 51,4% foram neutras.

Impacto nas redes sociais e campanhas de apoio

Além disso, a data em que Janja se manifestou a respeito da regulação das redes sociais coincidiu com uma campanha de apoio promovida pelo PT, intitulada #EstouComJanja. A divisão entre as menções resultou em 51,4% neutras, 35% negativas e apenas 13,6% positivas.

Recentemente, em 12 de fevereiro, enquanto se encontrava com o Papa Francisco, a percepção sobre Janja experimentou um leve alívio, com 37,8% de menções positivas e o mesmo percentual de neutras, embora o volume geral de interações tenha sido inferior. Esse cenário revela que, apesar das críticas, momentos de sintonia com figuras de peso como o Papa podem proporcionar um alívio temporário na percepção pública.

Curiosamente, o auge das menções negativas ocorreu após uma declaração em que Janja criticou o empresário Elon Musk durante o G20 Social, com 1 mil menções a cada 100 mil publicações. A capacidade da primeira-dama de se destacar nas mídias sociais, positiva ou negativamente, gera um campo fértil para análises sobre a relação entre a política, as redes sociais e a opinião pública.

Concluindo, os dados do Datafolha oferecem uma visão clara de que a figura de Janja Lula da Silva está longe de ser unânime. Com uma significativa parcela da população a considerando um obstáculo para o governo, as ações e declarações da primeira-dama devem ser acompanhadas de perto, pois a maneira como se comunica pode influenciar não apenas sua imagem pessoal, mas também a de um governo que enfrenta desafios complexos nesse cenário atual.

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