Após a escalada de tensões no Oriente Médio, o ouro atingiu neste início de semana seu maior patamar em 2025, impulsionado pela busca por ativo de refúgio. Por volta das 7h40, o contrato para agosto avançava 1,21%, cotado a US$ 3.443,50 a onça-troy, após subir até 1,7% nas últimas horas.
Mercado global reforça proteção contra riscos políticos e econômicos
A alta do ouro reflete o aumento da demanda de investidores em busca de segurança diante do aumento das ameaças de retaliação do Irã e do risco de escalada do conflito na região. Segundo a analista Charu Chanana, da Saxo Capital Markets, “o risco de retaliação iraniana, incluindo ameaças às bases dos EUA, aumenta a incerteza e sustenta a busca por ativos de refúgio”.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou que a operação militar continuará até eliminar a ameaça do Irã, que prometeu uma resposta severa aos ataques aéreos israelenses. O Irã, por sua vez, enviou uma onda de drones na direção de Israel, elevando o clima de tensão na região.
Conflitos internacionais aumentam a aversão ao risco e favorecem o ouro
Apesar de os Estados Unidos terem declarado que não participaram dos ataques israelenses, o Irã afirmou que também responderá contra os EUA, o que amplia a incerteza global. Segundo o secretário de Estado americano, Marco Rubio, “os EUA não estão envolvidos na ofensiva israelense, mas as ameaças do Irã aumentam a volatilidade e o temor de retaliações”.
Com os mercados já pressionados, o sentimento de risco se deteriorou, reforçando a valorização do ouro como proteção não apenas contra o conflito, mas também contra possíveis efeitos inflacionários e volatilidade na economia mundial.
Contexto econômico estreante e recuperação do preço do ouro
O avanço do metal preciosos também foi alimentado pelos dados econômicos dos EUA, que indicaram uma inflação ao produtor sustentada e o maior nível de pedidos de seguro-desemprego desde 2021, levando as apostas de redução de juros pelo Federal Reserve a ganharem força. Ao longo de 2025, o ouro já valorizou cerca de 30%, impulsionado pela demanda de bancos centrais e instituições soberanas.
Especialistas destacam que a combinação de tensões geopolíticas, política monetária e movimentos de bancos centrais tem sustentado o preço do ouro, reforçando seu papel como ativo de refúgio em momentos de instabilidade global.
Perspectivas e efeitos futuros
Analistas afirmam que, diante do aumento do risco de conflito e da incerteza global, a tendência é que o ouro continue valorizado no curto prazo, especialmente se as tensões persistirem ou escalarem. O mercado monitora de perto os desdobramentos na região e as possíveis respostas dos principais atores mundiais a esse cenário de alto risco.
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