Brasil, 13 de junho de 2025
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Invepar tenta evitar recuperação judicial com negociação de standstill

Invepar busca acordo com credores para evitar recuperação judicial, liderada pelo banco BR Partners, envolvendo fundos de pensão majoritários

A Invepar, empresa responsável pela operação do Aeroporto de Guarulhos e da Linha Amarela, está em fase de negociações para evitar a recuperação judicial, conforme informações obtidas com fontes próximas ao processo. A negociação, conduzida pelo banco de investimento BR Partners, tenta obter um acordo de standstill de dois meses com os principais credores, que detêm cerca de 80% da dívida total da companhia.

Detalhes da reestruturação financeira da Invepar

Segundo as fontes, o banco já conseguiu a anuência dos fundos de pensão Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras) e Funcef (Caixa Econômica Federal), que, além de serem os principais acionistas — responsáveis por 75% das ações — também são grandes debenturistas da Invepar. Essas instituições concordaram com o período de standstill, que visa evitar uma possível recuperação judicial e facilitar uma reestruturação da dívida.

Contudo, a negociação ainda enfrenta obstáculos, pois o banco liderado por Ricardo Lacerda ainda não conseguiu o apoio de Mubadala Capital, fundo soberano de Abu Dhabi, principal credor financeiro da Invepar, que possui pelo menos R$ 325 milhões em créditos. A tentativa mais recente de convencer Mubadala a aderir ao acordo também não avançou, apesar de propostas feitas nas últimas semanas.

O impasse com Mubadala e o futuro da companhia

O banco reiterou a proposta de standstill à Mubadala nesta quinta-feira, mas as conversas continuam estagnadas. Fontes próximas ao fundo afirmam que a oferta apresentada anteriormente não veio acompanhada de um plano de ação convincente. A relação tensa entre a Invepar e Mubadala está no centro do debate de uma possível reestruturação financeira, uma vez que o fundo pediu o vencimento antecipado da dívida, alegando inadimplência da companhia, inclusive no pagamento de aproximadamente R$ 30 milhões relativos à venda de ações remanescentes no VLT Carioca, adquiridas anteriormente.

Após esses incidentes, a Invepar entrou na Justiça e conseguiu uma liminar de proteção contra os credores por um mês, até a próxima segunda-feira, enquanto avalia se solicitará a recuperação judicial, uma medida que poderia permitir um plano de pagamento mais favorável.

Próximos passos e expectativas

A companhia informou, por meio de nota oficial, que a Assembleia Geral Extraordinária (AGE), marcada para o dia 16 de junho de 2025, poderá antecipar a retomada dos trabalhos, caso seja necessário. Até lá, permanece a expectativa de que um acordo seja fechado para evitar a recuperação judicial, que poderia levar a reestruturações profundas na gestão e nos ativos da Invepar.

A prioridade é selar um entendimento entre as partes até a próxima semana, quando termina o prazo para o impasse legal e financeiro se resolver, salvaguardando os interesses dos principais credores e acionistas.

Para mais detalhes, acesse a matéria completa no Globo.

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