Brasil, 31 de julho de 2025
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Ex-ministro Gilson Machado é preso por suposta tentativa de ajuda a Mauro Cid

Gilson Machado Neto afirma que sua prisão é decorrente de um mal-entendido sobre renovação de passaporte de seu pai.

O ex-ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, foi preso na última sexta-feira (13/6) sob a suspeita de ter tentado auxiliar o ex-ajudante de ordens da Presidência, Mauro Cid, a obter um visto europeu. Em uma declaração após sua prisão, Machado esclareceu que seu contato com o Consulado de Portugal no Recife foi exclusivamente para renovar o passaporte de seu pai, um senhor de 85 anos, e não para facilitar a fuga de Cid do Brasil.

Defesa de Gilson Machado

“Não cometi crime algum. Não matei, não roubei, não trafiquei drogas. O que fiz foi apenas pedir informações sobre a renovação do passaporte do meu pai”, declarou Gilson Machado em um pronunciamento. Essa declaração se deu após o ex-ministro passar por um exame de corpo de delito e ser enviado ao Centro de Triagem e Observação Criminológica Professor Everardo Luna (Cotel), situado na Região Metropolitana do Recife.

Detalhes da prisão e operação policial

A prisão de Gilson Machado foi realizada pela Polícia Federal e autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A utilização de operação de apreensão foi ampla, alcançando celulares e outros dispositivos eletrônicos do ex-ministro. Além disso, a operação também resultou na quebra dos sigilos telemático e telefônico de Machado para o período entre janeiro e junho de 2025. Estão sendo apuradas ligações feitas ao Consulado de Portugal, assim como áudios enviados a seus funcionários.

Envolvimento de Mauro Cid e investigações em andamento

Mauro Cid, cuja situação legal é complexa, é réu e delator em um inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado, um caso que está sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes. A colaboração de Cid com as autoridades foi crucial para os desdobramentos legais em andamento, e a prisão de Gilson Machado parece estar relacionada a tentativas de proteger o ex-ajudante de ordens do governo anterior.

A visão de Gilson sobre o caso

Gilson Machado, em sua defesa, solicitou que a Polícia Federal examine as informações relacionadas às ligações e mensagens que ele enviou ao consulado, reiterando sua posição de que nunca esteve presente em consulados ou embaixadas, seja no Brasil ou no exterior. “Eu nunca estive presente em nenhum consulado ou embaixada — nem de Portugal, nem de qualquer outro país — seja no Brasil ou no exterior. Tudo o que fiz foi um gesto de cuidado com meu pai, nada além disso. A justiça divina tarda, mas não falha,” completou ele, manifestando sua indignação diante da situação.

Contexto político e repercussão

O episódio envolvendo Gilson Machado e Mauro Cid traz à tona um cenário delicado que permeia os bastidores políticos brasileiros, especialmente em tempos de polarização. O governo de Jair Bolsonaro, ao qual ambos os homens estiveram associados, continua a ser alvo de investigações e críticas, e este caso em particular pode refletir as tensões que ainda existem nas relações políticas e judiciais do Brasil.

Com a continuidade da investigação, a expectativa é que mais informações pertinentes sobre os vínculos entre os envolvidos sejam reveladas, e que a justiça tome seu curso. A opinião pública observa atentamente os desdobramentos, que podem impactar o cenário político do país nos próximos meses.

O caso de Gilson Machado é, sem dúvida, um exemplo da complexidade em que se tornaram as relações entre política, justiça e defesa pessoal no Brasil contemporâneo.

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