A Embaixada de Israel se manifestou sobre a presença de delegações brasileiras em Tel Aviv, que incluem prefeitos e altos funcionários municipais, durante a escalada do conflito com o Irã, ocorrida na quinta-feira (12/6). A situação gerou preocupação entre os participantes que estavam no país para um evento voltado a autoridades de países lusófonos, a fim de discutir soluções tecnológicas na área de segurança pública.
Delegações brasileiras em segurança durante o conflito
Atualmente, duas delegações brasileiras estão em Israel. Uma delas é composta por representantes do Consórcio Brasil Central, enquanto a outra inclui prefeitos e altos funcionários municipais. Esses representantes do Brasil se deslocaram para participar de um evento internacional que acontece entre os dias 10 e 20 de junho de 2025, organizado pelo governo de Israel.
Todavia, a escalada do conflito entre Israel e Irã levou ao fechamento do espaço aéreo israelense, após ataques israelenses a instalações nucleares iranianas. Em decorrência dessa situação, ao menos seis prefeitos brasileiros se abrigaram em bunkers antiaéreos em Tel Aviv desde a noite de quinta-feira. O ambiente de insegurança gerou nervosismo entre os participantes da delegação.
“Todos os membros das delegações estão em locais seguros, com acesso a áreas protegidas, e seguem as orientações de segurança para visitantes em Israel. O Ministério das Relações Exteriores de Israel mantém contato constante com os grupos e está atuando para facilitar o retorno dos participantes que desejarem voltar ao Brasil assim que o espaço aéreo for reaberto”, declarou a embaixada em uma nota divulgada na sexta-feira (13/6).
Relatos de prefeitos brasileiros em Tel Aviv
Vários prefeitos brasileiros que participaram da delegação compartilharam suas experiências angustiosas durante os ataques. O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), relatou em um vídeo que está abrigado em um alojamento no campus universitário onde está hospedado. Ele mencionou que o grupo recebeu orientação para buscar abrigo em duas ocasiões, ativando alarmes de segurança em resposta à situação de risco.
Outro relato marcante foi do prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), que se viu obrigado a se refugiar em um bunker na cidade de Kfar Saba. Ele detalhou que foi acordado por sirenes que alertavam a população para se proteger contra possíveis ataques aéreos.
A resposta das autoridades brasileiras
A situação dos prefeitos brasileiros em Israel leva à necessidade de uma comunicação clara entre as autoridades brasileiras e o Ministério das Relações Exteriores de Israel. Neste contexto, o Itamaraty está em contato constante com a embaixada e acompanha os eventos de perto. A expectativa é que, assim que as condições de segurança permitirem, os integrantes das delegações consigam retornar ao Brasil sem mais complicações.
As recentes tensões geopolíticas também levantam questões sobre a segurança de cidadãos brasileiros no exterior, especialmente em regiões de conflito. É fundamental que o governo brasileiro continue investindo em medidas de segurança e comunicação, visando proteger as autoridades e cidadãos que representam o Brasil em eventos internacionais.
Assim, a Embaixada de Israel reafirmou seu compromisso em garantir a segurança das delegações brasileiras enquanto o conflito persiste e se comprometeu a atuar em conjunto com as autoridades brasileiras para viabilizar o retorno seguro dos envolvidos.
O futuro da relação Brasil-Israel
Os acontecimentos atuais em Tel Aviv e o modo como as autoridades brasileiras lidam com a situação terão impacto nas relações entre Brasil e Israel no futuro. A capacidade de resposta e a segurança dos cidadãos são fatores cruciais em tais momentos. Por outro lado, o evento internacional que une países de língua portuguesa na busca por soluções tecnológicas em segurança pública pode ser um passo importante para o fortalecimento dos laços entre as nações.
Diante dessa situação delicada, todos os olhos estão voltados para as decisões que serão tomadas pelas autoridades de Israel e Brasil, buscando não apenas a segurança dos seus cidadãos, mas também a continuidade do diálogo e da cooperação internacional, mesmo em tempos de tensão.
