Brasil, 14 de junho de 2025
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Dólar sobe 0,48% com tensões entre Israel e Irã impactam mercados globais

Investidores buscam refúgio em ativos seguros enquanto conflitos elevam volatilidade e preços de petróleo

Nesta sexta-feira (13), o dólar operava em alta de 0,48%, cotado a R$ 5,5688 às 9h01, refletindo o clima de aversão ao risco global causado pelos conflitos entre Israel e Irã. A bolsa de valores brasileira também abriu com ganhos de 0,49%, atingindo 137.800 pontos, após fechar a sessão anterior com queda de 0,58%.

Conflito entre Israel e Irã eleva risco e movimenta mercados financeiros

O mercado financeiro mundial reage às ofensivas militares realizadas por Israel contra o Irã na madrugada de sexta-feira, que destruíram infraestruturas nucleares iranianas. Teerã prometeu retaliação, após a morte de seus principais líderes militares, incluindo o chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, e dois cientistas nucleares, além do lançamento de mais de 100 drones contra território israelense.

Essa escalada aumentou a percepção de risco geopolítico, levando investidores a procurarem ativos considerados seguros, como o dólar, o ouro e títulos do governo dos Estados Unidos. Os índices europeus, como o Euro Stoxx 50, registraram sua pior sequência de perdas desde setembro de 2024, caindo 1,30%, enquanto o ouro avançou 1%, negociado a US$ 3.416 a onça, aproximando-se do recorde de US$ 3.500,05 de abril.

Impacto nos preços do petróleo e na economia global

Os preços do petróleo subiram mais de 8% na manhã, atingindo níveis próximos às máximas de meses, devido às preocupações sobre a possível interrupção do fornecimento no Estreito de Ormuz. A hidrovia, por onde passa cerca de um quinto do consumo mundial de petróleo, esteve em risco de sofrer impactos, embora até o momento o fluxo permaneça normal.

Analistas do JPMorgan alertaram que, em uma eventual tentativa de fechamento do estreito ou resposta retaliatória dos principais produtores da região, os preços do barril poderiam chegar a US$ 120-130, quase o dobro da previsão atual. Essa volatilidade aumenta o receio de uma crise global de abastecimento energético.

Repercussões na moeda americana e nos mercados globais

O aumento da insegurança geopolítica faz com que investidores busquem segurança nas moedas hard e no ouro. Assim, o dólar acumula uma queda de 0,49% na semana, se aproximando de R$ 5,54, enquanto o dólar no Brasil sobe 0,48%, refletindo a busca por proteção contra a instabilidade.

Além disso, o índice Bovespa acumula alta de 1,25% no mês, com avanço de 14,56% no ano, sinalizando uma certa resiliência do mercado nacional diante do cenário internacional turbulento.

Perspectivas futuras e atenção aos desdobramentos

Especialistas destacam que, embora a situação ainda não tenha evoluído para uma guerra regional, a escalada de tensões entre Israel e Irã aumenta o risco de novos desdobramentos. A atenção do mercado permanece voltada à possibilidade de resposta iraniana ou de uma intervenção mais ampla no Oriente Médio, o que pode impactar ainda mais os preços de petróleo e os ativos globais.

O governo dos Estados Unidos, por sua vez, mantém a pressão sobre o Irã para a assinatura de um novo acordo nuclear, buscando conter a crise e evitar uma escalada maior. O desfecho desse conflito será fundamental para determinar o rumo dos mercados nas próximas semanas.

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