A Copa do Mundo de Clubes da FIFA, que terá início amanhã nos Estados Unidos, traz consigo uma expectativa alta, especialmente em relação ao desempenho das principais equipes. Paris Saint-Germain (França), Real Madrid (Espanha) e Manchester City (Inglaterra) figuram como os grandes favoritos ao título, enquanto os clubes brasileiros, apesar de serem quatro representantes no torneio, acabam sendo colocados em uma posição menos privilegiada. A avaliação foi feita com a ajuda de 40 jornalistas e especialistas, que contribuiram para um “Favoritômetro”, ferramenta que analisa as chances dos 32 clubes no Mundial.
A avaliação dos especialistas
Cada especialista atribuiu notas de 1 a 5 estrelas para cada equipe, em um sistema que avalia quais são os favoritos ao título e aqueles que podem ser eliminados ainda na fase de grupos. No total, as notas foram agrupadas em cinco faixas, variando de “favorito ao título” (5 estrelas) até “deve cair na fase de grupos” (1 estrela). Este sistema de pontuação ajudou a criar um panorama claro da situação de cada time no torneio.
Os clubes brasileiros, avaliados no conjunto geral, não possuem notas que os coloquem entre os primeiros escalões. A maior preocupação recai sobre o Botafogo, atual campeão da Libertadores, que recebeu uma média de apenas 1,6, a décima mais baixa entre todos os 32 participantes. Essa situação é emblemática, considerando que o Botafogo está em um grupo competitivo, ao lado de pesos pesados como o PSG e o Atlético de Madrid. O sorteio dos grupos revelou uma realidade dura: a real dificuldade em avançar na competição.
O “grupo da morte” e suas implicações
O Grupo B, onde se encontra o Botafogo, é considerado o “grupo da morte” da competição. Junto a eles, o PSG, atual líder do Favoritômetro com 4,9 estrelas, e o Atlético de Madrid, que possui 3,3, criam um cenário onde apenas dois clubes se classificarão. A presença do Seattle Sounders, que possui a pior nota entre os participantes, não alivia a pressão sobre o time alvinegro. Mesmo assim, o Botafogo inicia sua caminhada contra os Estados Unidos, um confronto que poderia indicar um alívio, apesar das dificuldades impostas pelos europeus.
A comparação com outros grupos
Na outra ponta do torneio, o Fluminense se encontra em uma posição mais favorável. Com um grupo formado pelo Borussia Dortmund (Alemanha), Ulsan (Coreia do Sul) e Mamelodi Sundowns (África do Sul), a soma das notas é de 7,8 pontos, o que coloca o tricolor como o quinto time com o caminho mais acessível na fase de grupos. A estreia contra o Borussia prevê um desafio, mas a soma das dificuldades é inferior à enfrentadas pelo Botafogo.
Os dados indicam que o Fluminense deve ter um desempenho relativamente mais tranquilo, já que os adversários que eles enfrentarão acumulam uma média menor, ao passo que os desafios do Botafogo são reforçados por uma combinação implacável de força europeia.
Expectativas para Flamengo e Palmeiras
Outros clubes brasileiros, como Flamengo e Palmeiras, também têm sua avaliação considerada. Embora a média de suas notas não seja significativamente superior à do Fluminense, eles protagonizam um “outro patamar” na competição. Ambos possuem a vantagem de jogar contra adversários que juntos somam 5,9 pontos, o que indica um caminho potencialmente mais viável para avançar nas fases posteriores. Os especialistas, no entanto, não demonstraram grande confiança no time do Flamengo.
O Flamengo, que vai estrear contra o Espérance (Tunísia), considerado um dos azarões da competição, promete ser um dos duelos mais esperados. Por outro lado, o Palmeiras enfrentará o Porto (Portugal) em um confronto que também promete trazer muita emoção. A torcida brasileira espera que todos os clubes consigam superar as expectativas, mas as avaliações feitas pelos especialistas já deixam transparecer um clima de desconfiança.
No geral, as festividades da Copa do Mundo de Clubes trazem um misto de esperança e apreensão para os torcedores brasileiros. Enquanto os gigantes europeus dominam as previsões, resta aos times do Brasil a luta contra as expectativas, buscando surpreender tanto especialistas como críticos ao longo do torneio.