Brasil, 14 de junho de 2025
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Como a F1 virou Hollywood

Filmes e bastidores da Fórmula 1 revelam o equilíbrio delicado entre autenticidade e segurança na nova produção estrelada por Brad Pitt

O diretor Joseph Kosinski enfrentou enormes desafios ao tentar filmar detalhes internos da Fórmula 1 para seu novo filme, estrelado por Brad Pitt e lançado em 27 de junho. A produção precisou equilibrar a autenticidade com a proteção de segredos industriais do esporte, garantindo acessos controlados e ajustes na pós-produção.

Segredos, segurança e autorização

Kosinski passou um ano pedindo autorização para filmar no simulador da Mercedes, uma peça que nem todos os funcionários têm acesso. Após persistência, a equipe da Mercedes permitiu filmar cenas com Pitt e Damson Idris usando equipamentos de alta tecnologia, embora tenham feito alterações para proteger sua propriedade intelectual.

Segundo Toto Wolff, chefe da equipe Mercedes, “não podemos deixar que a política de segurança seja comprometida”, especialmente na gravação de cenas que poderiam revelar detalhes técnicos sensíveis. A participação da Mercedes, além de ajudar na autenticidade, reforçou a relação de cooperação no projeto.

Desafios do equilíbrio entre Hollywood e o esporte

Com Jerry Bruckheimer liderando a equipe de produção, o projeto teve que lidar com a resistência de equipes de F1 preocupadas com representações negativas. Para contornar isso, cenas reais de corrida foram filmadas em horários específicos, usando carros disfarçados de Ferrari, Red Bull e outros, com uma minuciosa edição de skinning (revestimento digital).

As filmagens aconteceram durante as pausas dos treinos ou discretamente, garantindo que o esporte ao vivo permanecesse intocado. “A integridade do evento é sempre sagrada”, afirma Stefano Domenicali, CEO da F1.

Autenticidade nas telas

Brad Pitt e Damson Idris aprenderam a dirigir a altas velocidades, simulando os mais de 200 mph das verdadeiras corridas. Os atores participaram de gravações com câmeras instaladas nos carros, capturando detalhes reais de uma corrida, o que elevou o nível de realismo da produção.

Javier Bardem, que interpreta o proprietário de uma equipe em dificuldades, destacou o ritmo intenso das filmagens. “Eles eram rápidos de verdade”, comentou, brincando sobre o perigo e a adrenalina da experiência.

Futuro do cinema na F1

Com a parceria entre a indústria do entretenimento e o esporte, a nova produção promete atrair uma nova audiência para a Fórmula 1, combinando ação de Hollywood com o universo das corridas. O sucesso do filme também marca um passo importante na representação autêntica de um esporte de alta velocidade na tela grande.

A participação de estrelas como Pitt, além de executivos da F1 e a tecnologia embarcada, mostra uma nova fase na narrativa do automobilismo no cinema, que deve continuar evoluindo com produções cada vez mais realistas.

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