Brasil, 14 de junho de 2025
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Brasil registra mais de 156 mil refugiados em 2024

O Brasil alcançou 156.612 refugiados em 2024, aumento significativo que destaca o crescimento das solicitações de refúgio no país.

O Brasil se destaca como um importante acolhedor de refugiados, alcançando em 2024 o total de 156.612 pessoas reconhecidas sob este estatuto. Este dado faz parte de um relatório publicado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) em colaboração com o Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra), divulgado na última sexta-feira (13/6). O aumento de 9,5% em comparação ao ano anterior, quando o Brasil abrigava 142.980 refugiados, evidencia a crescente necessidade de abrigo para indivíduos forçados a deixar seus lares.

Crescimento das solicitações de refúgio em 2024

Em 2024, o governo brasileiro recebeu um total de 68.159 solicitações de refúgio, que representa um aumento de 9.531 pedidos em relação a 2023. Esses pedidos vieram de cidadãos provenientes de 130 países, refletindo a diversidade das situações de crise enfrentadas ao redor do mundo. As nacionalidades com mais apelos são: venezuelanos, com 27.150 pedidos; cubanos, com 22.288; e angolanos, com 3.421.

Esse fenômeno de aumento de pedidos de refúgio é um reflexo não apenas das crises políticas e sociais em várias nações, mas também da própria atuação do Brasil em promover a dignidade e os direitos humanos, ao abrir suas portas para aqueles que buscam uma nova vida.

Perfil dos refugiados no Brasil

De acordo com os dados do levantamento, a maioria dos refugiados reconhecidos no Brasil em 2024 é composta por homens, que correspondem a 55,9% do total. As mulheres representaram 43,9%. Essa demografia revela não só a realidade de quem busca refúgio no Brasil, mas também a importância de políticas que garantam a proteção das mulheres e crianças, que muitas vezes são as mais vulneráveis em situações de crise.

Venezuelanos lideram os pedidos de refúgio

Os venezuelanos continuam a ser os que mais solicitam e recebem o status de refugiado no Brasil, com cerca de 93,1% do total de reconhecimentos concedidos. Em seguida, estão os cidadãos afegãos, que representam 2,1% dos refugiados reconhecidos. Este fato ilustra a gravidade da crise na Venezuela e a necessidade urgente de suporte a seus cidadãos que buscam melhores condições de vida e proteção.

Fazendo uma análise mais ampla, entre 2015 e 2024, o Brasil recebeu um total de 477.964 solicitações de refúgio, um número que revela o papel do país como um destino seguro para muitos que vêm de contextos extremamente difíceis.

Desafios enfrentados pelos refugiados

Apesar do acolhimento, muitos refugiados no Brasil enfrentam desafios significativos após a concessão do status. Segundo dados do Acnur, mais da metade dos refugiados vivem em situação de desemprego, um indicativo de que ainda existem barreiras importantes a serem ultrapassadas para assegurar sua integração plena na sociedade brasileira.

As razões para essa realidade incluem a barreira do idioma, a falta de reconhecimento de suas qualificações profissionais e, muitas vezes, o preconceito enfrentado em suas novas comunidades. Como resultado, políticas públicas que visem a inclusão e a capacitação são essenciais para que esses indivíduos possam se reintegrar e contribuir com a sociedade.

Conclusão

O aumento do número de refugiados no Brasil em 2024 é um reflexo de fatores globais que continuam a forçar pessoas a deixarem seus lares. Com uma nova recorde de 156.612 refugiados, o Brasil reafirma seu compromisso com os direitos humanos e a dignidade, ao mesmo tempo em que enfrenta os desafios significativos dessa população vulnerável. O sucesso na integração desses indivíduos depende de medidas efetivas para proporcionar oportunidades e apoiar suas necessidades.

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