Brasil, 14 de junho de 2025
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Ações da JBS estreiam na NYSE com alta de 2,78%

As ações da JBS iniciaram nesta sexta-feira sua negociação na Bolsa de Nova York, subindo 2,78% e reforçando sua presença internacional.

As ações da JBS, processadora global de carnes, começaram a ser negociadas nesta sexta-feira na NYSE (New York Stock Exchange), marcando uma etapa importante na estratégia de internacionalização da empresa. Pouco depois das 12h, os papéis subiam 2,78%, cotados a US$ 14,44, em continuidade ao processo de dupla listagem da companhia na bolsa americana.

JBS em Wall Street reforça estratégia de internacionalização

A entrada na NYSE representa um marco na trajetória da empresa e deve impulsionar a demanda de fundos de investimento passivos, como aqueles que compõem o índice SP 500, que inclui as 500 maiores empresas dos Estados Unidos. Segundo Ramon Coser, especialista da Valor Investimentos, isso pode levar a um aumento do free float – a parte das ações negociadas em bolsa – de 30% para 50%, aumentando a liquidez e o valor de mercado da companhia.

“A dupla listagem é um passo importante na história da empresa, ajudando a refletir melhor suas operações globais e a ampliar sua captação de recursos a custos menores”, afirmou Guilherme Cavalcanti, CFO da JBS, em nota oficial.

Movimentações na Bolsa brasileira e impacto no mercado

Desde a semana passada, a JBS passou a negociar seus recibos de ações de empresas estrangeiras na B3, os Brazilian Depositary Receipts (BDRs), enquanto as ações ordinárias deixaram de ser negociadas na bolsa brasileira na sexta-feira passada. Segundo levantamento da consultoria Elos Ayta, em 2025, os papéis da JBS movimentaram em média R$ 421 milhões por dia na B3, o maior volume desde 2019.

Especialistas avaliam que a saída das ações da empresa do mercado brasileiro diminui a liquidez local, mas traz maior visibilidade aos papéis em mercados mais líquidos e de maior potencial de crescimento, como o americano.

Perspectivas de crescimento e fortalecimento regulatório

Analistas da Genial Investimentos veem a listagem na NYSE como uma oportunidade de valorização, uma vez que aumenta o acesso a investidores internacionais. Os analistas do Itaú BBA destacam ainda o fortalecimento da governança corporativa, já que a JBS passará a seguir as normas da Securities and Exchange Commission (SEC), o que aumenta a transparência e credibilidade junto ao mercado.

Em assembleia geral realizada em maio, os acionistas aprovaram por unanimidade a dupla listagem, com o objetivo de destravar valor, melhorar a estrutura de capital e acelerar seus planos de expansão global. Em 2016, o BNDESpar, maior acionista fora da família Batista na época, votou contra a entrada na bolsa americana, mas nesta ocasião se absteve na votação.

Reconhecimento internacional e potencial de valorização

“A chegada ao mercado de Nova York é uma estratégia de diversificação que visa ampliar o acesso a investidores globais e obter condições de financiamento mais favoráveis para investir no crescimento da companhia”, explicou Cavalcanti.

Impacto no mercado e liquidez

Segundo levantamento da Elos Ayta, os papéis da JBS representam cerca de 2,19% do volume financeiro diário da B3, que atualmente soma R$ 19,2 bilhões. A saída da companhia de listagem brasileira é vista por especialistas como uma perda de peso para o mercado local, que sentirá a ausência de um dos principais motores de liquidez.

O movimento também reflete o esforço da JBS em ajustar sua estrutura de negócios, aumentar sua visibilidade internacional e promover maior transparência regulatória, como forma de agregar valor para seus investidores.

Para saber mais detalhes sobre a estreia da JBS na NYSE, acesse a matéria completa do Globo.

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