Brasil, 14 de junho de 2025
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Ação de Moraes exige dados de Instagram ligado a Mauro Cid

Ministro do STF solicita informações de conta usada em contestações da delação do tenente-coronel Mauro Cid.

No último dia 12 de junho, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), proferiu uma determinação que pode ter repercussões significativas no caso envolvendo o tenente-coronel Mauro Cid. Em uma decisão rápida, Moraes ordenou que a empresa Meta, responsável pelo Instagram, fornecesse, em um prazo de 24 horas, dados cadastrais de uma conta na rede social que, segundo informações veiculadas, foi utilizada por Cid para criticar sua própria delação premiada. O pedido de investigação foi apresentado pela defesa do militar, que nega a utilização da conta.

Detalhes sobre o caso

Nesta segunda-feira, durante seu interrogatório, Cid foi questionado pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro a respeito do perfil “@gabrielar702”, supostamente usado para discutir detalhes de sua delação. O advogado Celso Vilardi insinuou que a conta poderia ter sido empregada para tratar de questões relacionadas à delação, e Cid prontamente negou tal afirmação, afirmando que nunca fez uso desse perfil.

Informações requeridas ao Instagram

No despacho, o ministro Moraes solicitou à Meta que apresentasse as seguintes informações:

  • Email e número de telefone celular cadastrados pelo usuário;
  • Dado sobre outros logins vinculados e seus acessos através de navegadores;
  • Todas as mensagens enviadas e recebidas entre 1º de maio de 2023 e 13 de junho de 2025.

De acordo com a reportagem da revista Veja, os diálogos de Cid através do Instagram ocorreram entre janeiro e março de 2024 e teriam sido destinados a uma pessoa próxima a Bolsonaro. A defesa do tenente-coronel contestou essas alegações, classificando-as como “fake news”.

Reação da defesa de Mauro Cid

Em sua solicitação, os advogados de Cid argumentam que uma análise superficial das mensagens contidas na ação penal contra ele revela que as expressões e a construção dos diálogos não são compatíveis com seu estilo. “Basta uma leitura leiga, e até simplista, que pode ser comparada com todas as mensagens extraídas de seu celular que estão colacionadas na ação penal a que responde, para se perceber que as expressões utilizadas por quem as escreveu não são de autoria de Mauro Cid”, destacou a defesa.

Críticas à Polícia Federal e a Moraes

Os textos criticados na Veja insinuam que Cid teria sido alvo de um tratamento inadequado por parte das autoridades. O perfil também pontua críticas à condução do inquérito relacionado à suposta trama golpista. O suposto usuário do perfil ainda afirma que Moraes já tinha uma narrativa definida antes mesmo da conclusão das investigações, insinuando que o ministro não precisava de provas, apenas de “narrativas”.

Implicações da delação premiada

Como parte do acordo da delação, Cid se comprometeu a fornecer informações reais e completas sobre a investigação em troca de benefícios penais. Caso as condições do acordo sejam quebradas, o tenente-coronel pode perder os benefícios previstos na legislação. Em sua defesa, Cid afirmou que todos os seus dispositivos eletrônicos estavam sob a guarda da Polícia Federal e haviam sido minuciosamente analisados.

O perfil “@gabrielar702” foi mencionado pela primeira vez durante o processo de defesa, levando a questionamentos sobre a veracidade das informações que circulam a respeito de Cid e sua delação. Com esse novo desdobramento, o cenário político e jurídico se torna ainda mais acirrado, levantando questionamentos sobre a integridade das provas e do funcionamento das delações premiadas no Brasil.

Com o desenrolar das investigações e a pressão sobre Cid e seu conhecimento dos fatos, a expectativa sobre as futuras revelações e a condução da justiça em casos similares se intensifica, levando o público a questionar a eficácia dos mecanismos de controle e as implicações éticas das delações premiadas.

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