Brasil, 13 de junho de 2025
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Vitória legal de Blake Lively reforça proteção às sobreviventes de assédio

Ao derrubar a ação de Justin Baldoni, Justiça de Califórnia reforça privilégios na denúncia de assédio e marca avanço na defesa de sobreviventes

Nesta semana, uma decisão judicial em Los Angeles marcou um passo importante na luta pelos direitos das mulheres ao rejeitar a ação de difamação de Justin Baldoni contra Blake Lively. A sentença evidencia que denúncias relativas a assédio sexual feitas por sobreviventes são protegidas por leis estaduais, dificultando o uso de processos judiciais como forma de retaliação.

Esfera jurídica e proteção às vítimas de assédio na Califórnia

Na última terça-feira, um juiz determinou a rejeição do processo movido por Baldoni contra Lively, Ryan Reynolds, a equipe de comunicação e o jornal The New York Times. Segundo o documento, as alegações feitas por Blake em sua reclamação ao Departamento de Direitos Civis da Califórnia (CRD) têm status de discurso privilegiado, ou seja, não podem ser objeto de ações de difamação conforme a lei estadual.

A legislação californiana, diferente de outros estados, dispõe que litigantes não podem usar processos de difamação como arma contra denúncias de assédio sexual, reconhecendo o grave impacto que esse tipo de ação pode ter na vida de sobreviventes.

Repercussão e preocupação de organizações femininas

Mais de 19 organizações dedicadas aos direitos das mulheres manifestaram preocupação com o efeito que a continuidade de ações como a de Baldoni poderia ter na coragem de vítimas em denunciar abusos. Segundo elas, processos desse tipo podem criar um ambiente de silêncio e medo, além de exaurir financeiramente quem denuncia.

Especialistas alertam que o caso de Blake Lively é emblemático: mesmo uma celebridade com recursos e visibilidade pode ser alvo de retaliações legais severas. “Se Blake, uma mulher rica e famosa, enfrenta uma tentativa de silenciamento judicial, fica a dúvida sobre o que acontece com mulheres comuns, sem esse respaldo”, disse uma representante de Child USA, instituição de proteção de vítimas.

Implications for women’s rights and future legal battles

A decisão reforça que, em Califórnia, denúncias de assédio podem ser consideradas discurso de privilégio, protegendo sobreviventes de represálias legais. Entretanto, há preocupações de que esse entendimento ainda não seja amplamente reconhecido ou aplicável em outros estados, o que pode impedir vítimas de se sentirem seguras para falar.

Para o autor, a vitória de Blake Lively não é apenas um caso isolado, mas um marco na luta contra o abuso de processos judiciais para silenciar vozes que denunciam injustiças. “Se essa proteção não for fortalecida, continuaremos a ver muitas mulheres silenciadas pelo medo e pela ameaça de perdas financeiras e reputacionais”, afirmou.

Perspectivas para o movimento de denúncia

Organizações de direitos humanos ressaltam que, apesar da vitória, o cenário ainda é desafiador. A discussão sobre a ampliação da proteção legal às vítimas de assédio e a resistência à judicialização excessiva mantém-se no centro do debate público.

Especialistas recomendam que a sociedade e as instituições reforcem o entendimento de que denúncias feitas de boa-fé devem ser protegidas, promovendo um ambiente mais justo e seguro para as sobreviventes.

Essa tendência de fortalecimento das leis de proteção às vítimas reforça a importância de uma cultura de apoio às sobreviventes e de combate ao silenciamento instituído por processos jurídicos abusivos. Afinal, a resistência de Blake Lively evidencia que a justiça pode — e deve — atuar para proteger quem denuncia abusos, fortalecendo os direitos das mulheres em todo o país.

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