Brasil, 14 de junho de 2025
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Tom Felton e a responsabilidade de se posicionar contra o discurso de ódio

Tom Felton, conhecido por interpretar Draco Malfoy nos filmes de “Harry Potter”, está recebendo forte backlash por sua resposta evasiva às controvérsias envolvendo J.K. Rowling e suas declarações anti-trans. Sua postura levanta questões sobre o papel de figuras públicas em combater o discurso de ódio e a importância de se posicionar diante de injustiças.

Felton evita o assunto e a indiferença diante da intolerância

Durante o Tony Awards no domingo, Felton foi questionado sobre como as opiniões transfóbicas de Rowling afetaram sua carreira e sua relação com a franquia. Sua resposta, que minimizou a questão, mostrou uma falta de sensibilidade e autoconhecimento. “Minha dog takes up far too much time para me envolver nesses assuntos”, afirmou, uma justificativa que foi vista como um esforço de desvio por parte dos críticos.

Embora Felton já tenha mencionado, em 2022, que não tinha detalhes suficientes sobre as críticas, sua postura atual demonstra uma ausência de compromisso em se posicionar contra o discurso de ódio. Enquanto seus colegas Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint expressaram apoio à comunidade trans, Felton permanece silencioso e indiferente.

Comparação com colegas que fizeram a diferença

Radcliffe, por exemplo, escreveu um artigo em 2020 declarando que trans mulheres são mulheres, desafiando publicamente Rowling e reafirmando seu apoio à causa. Emma Watson também demonstrou solidariedade em suas redes sociais, reforçando seu respeito e amor pelos jovens trans. Rupert Grint, por sua vez, expressou apoio explícito à comunidade trans, destacando-se por sua postura clara frente ao tema.

Esses atores assumiram uma posição contra o discurso de ódio, mesmo com o risco de desagradar fãs ou a própria criadora da franquia. Felton, ao contrário, prefere manter o silêncio, o que muitos interpretam como uma conivência com uma postura que promove a exclusão e a discriminação.

A preocupação com o legado e a responsabilidade social

A recusa de Felton em falar contra Rowling sugere uma prioridade maior em manter seu trabalho no mundo de Harry Potter do que lutar por causas que representam direitos básicos. Sua participação na peça “Harry Potter e o Enigma do Cursed Child” e a possibilidade de integrar o elenco da série do HBO reforçam a percepção de que ele prefere agir de forma pragmática, mesmo que isso signifique ignorar questões de justiça social.

Para diversos fãs, especialmente os da comunidade LGBTQ+, essa postura é uma decepção. A batalha contra o preconceito exige coragem e a compreensão de que figuras públicas têm uma influência significativa na formação de opiniões e na luta por igualdade. Tom Felton, ao se calar, envia uma mensagem de que prefere não se posicionar, reforçando a ideia de que o silêncio também é uma forma de concordância.

Reflexões finais: o que esperamos de nossas figuras públicas

É fundamental reconhecer que artistas e celebridades têm uma responsabilidade social que vai além do entretenimento. O silêncio diante de discursos discriminatórios pode ser interpretado como apoio, e, neste caso, o de Felton demonstra uma postura criticável. A esperança é que ele repense suas ações e reconheça o impacto que suas palavras — ou a ausência delas — podem ter na promoção da inclusão e respeito às diferenças.

Enquanto isso, a luta por direitos iguais continua, e o exemplo de Radcliffe, Watson e Grint serve como inspiração para que todos, inclusive aqueles que já têm uma plataforma, usem voz contra o ódio e a intolerância.

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