Tom Felton, conhecido por interpretar Draco Malfoy na franquia Harry Potter, está sendo alvo de forte backlash por sua postura silenciosa diante das declarações anti-trans de J.K. Rowling. Sua decisão de não se posicionar contra as opiniões controversas da autora despertou críticas de fãs e colegas, que veem na omissão uma forma de apoio ao discurso de ódio.
Reação fraca diante das controvérsias de Rowling
Nesta semana, durante a cerimônia do Tony Awards, Felton foi questionado sobre como as opiniões de Rowling, que há anos tem sido criticada por suas declarações transfóbicas, afetaram sua relação com a franquia e seus fãs. Sua resposta foi considerada insatisfatória e mal elaborada, o que gerou indignação na internet. Segundo reports, a resposta pode ter sido avalizada por assessores de comunicação, mas ainda assim soou como uma tentativa de evitar o tema.
Em anos anteriores, Felton já minimizou a gravidade das críticas, alegando que “não conhece detalhes suficientes” sobre o assunto ou que sua rotina monopolizava seu tempo, como se isso justificasse uma postura de silêncio absoluto. Sua atitude contrasta com colegas como Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint, que se posicionaram veementemente contra Rowling.
Posicionamentos de ex-colegas de Harry Potter
Daniel Radcliffe declarou, em 2020, que “trans mulheres são mulheres” e ressaltou que “qualquer declaração contrária anula a identidade e dignidade de pessoas trans”, reforçando o compromisso com a causa. Emma Watson também se manifestou, expressando apoio e afirmando que “respeita e ama” a comunidade trans.
Rupert Grint seguiu a linha de solidariedade, dizendo que “fica do lado do respeito às identidades trans”. Essas declarações aconteceram após Rowling lançar um artigo em que defendia sua posição, gerando ampla repercussão e reafirmando o dever dos atores de se posicionar contra o discurso de ódio.
J.K. Rowling e os ataques aos atores que a desafiaram
Desde então, Rowling não só reforçou suas opiniões transfóbicas, como também passou a atacá-los, inclusive com comentários considerados desrespeitosos e zombeteiros. Ela chegou a implicar que Daniel, Emma e Rupert “estragam qualquer filme” ao aparecer em obras relacionadas ao universo Harry Potter, numa tentativa de desmoralizá-los publicamente.
Responsabilidade de Tom Felton e o risco de apoio silencioso
A ausência de condenação de Felton reforça a impressão de que ele prefere não se posicionar contra o discurso de ódio, possivelmente por medo de prejudicar sua carreira ou por conveniência. Sua proximidade com a franquia, inclusive com rumores de participação na série de TV de Harry Potter na HBO, demonstra uma postura de silêncio cúmplice que muitos consideram inaceitável.
Essa postura é especialmente lamentável para fãs LGBTQ+, que buscam modelos de coragem e solidariedade. Ao não repudiar publicamente as opiniões de Rowling, Felton aparenta priorizar interesses profissionais em detrimento de valores essenciais de respeito e inclusão.
Reflexões finais sobre o papel do artista na luta contra o ódio
O caso de Tom Felton evidencia a importância do posicionamento dos artistas diante de temas sociais relevantes. Enquanto alguns ex-colegas da saga Harry Potter escolheram usar sua voz para apoiar a comunidade trans, Felton optou por se calar, contribuindo indiretamente para a perpetuação do preconceito.
É fundamental que atores e figuras públicas reconheçam o impacto de suas palavras e atitudes, promovendo mudanças positivas na sociedade. No caso dele, a lição é clara: omitir-se diante do discurso de ódio é, na prática, uma forma de concordar com ele. E essa atitude, nesse momento, é inaceitável e merecidamente criticada.