Carlos Alberto Patriota, de 43 anos, foi preso sob a acusação de ter estuprado duas mulheres em um intervalo de uma semana, em Mongaguá e Itanhaém, no litoral de São Paulo. O suspeito já tinha um histórico criminal relacionado a estupros, com dois inquéritos abertos em 2013 e 2018. A confirmação de sua prisão e os detalhes dos crimes levantaram alarmes sobre a segurança na região e a necessidade de proteção às vítimas de violência sexual.
Detalhes dos crimes no litoral paulista
Os crimes ocorridos em junho de 2024 deixaram a população local em estado de choque. A primeira vítima, uma mulher de 27 anos, relatou à polícia que foi abordada na saída de um comércio, enquanto segurava seu filho de três anos no colo. Durante a abordagem, Patriota a puxou para uma viela, onde cometeu o ato violento. Curiosamente, há relatos de que um morador em situação de rua havia sido inicialmente preso por conta desse crime, mas foi posteriormente confirmado que ele não estava presente no local no momento em questão, levando a polícia a investigar Carlos Alberto Patriota.
Na segunda ocorrência, uma semana depois, uma médica de 32 anos foi estuprada ao sair do posto de saúde onde trabalhava. O homem a ameaçou com uma faca, obrigando-a a entrar em seu próprio carro e dirigir até um local onde cometeu o crime. Essa situação revelou uma alarmante semelhança entre os dois casos, não apenas pela natureza dos crimes, mas também pela proximidade das datas e dos locais onde ocorreram.
Investigações e prisão do suspeito
A delegada Damiana Shibata Requel, responsável pela Delegacia de Defesa da Mulher de Itanhaém, destacou que o suspeito confessou os crimes, mas tentou justificá-los alegando dependência química. Ela afirmou que Patriota se comporta como um “predador sexual”, expressando arrependimento, mas sem assumir a responsabilidade pelos seus atos. “Ele disse que não tem controle, que se arrependia, mas também afirmou que não tem controle sobre esses atos”, explicou a delegada.
A investigação traçou um padrão de comportamento entre os crimes, e as delegadas Damiana Shibata e Izabela Coelho Fernandes confirmaram que, com o reconhecimento da médica como uma paciente do posto de saúde onde trabalha, a autoria do crime ficou esclarecida. Além disso, a polícia encontrou evidências físicas que conectavam Patriota aos crimes, incluindo a bicicleta do suspeito, que foi capturada em imagens de câmeras de segurança.
Um mandado de prisão temporária foi emitido e, após sua prisão em São Paulo, Patriota foi levado ao litoral, onde permanece à disposição da Justiça. Ele forneceu material genético para a análise, que, segundo as autoras do inquérito, será fundamental para a confirmação da autoria dos crimes.
Próximos passos na investigação
Até o fechamento da reportagem, o resultado da análise do material genético ainda não havia sido divulgado. Enquanto isso, Carlos Alberto Patriota se encontra detido na cadeia pública de Peruíbe. Os próximos passos incluem o aguardo dos laudos periciais, que poderão oferecer novas evidências em relação aos crimes e à condenação do suspeito.
Este caso ressalta a importância de se fortalecer as redes de apoio às vítimas de violência sexual, além de chamar a atenção para a necessidade de prevenção de crimes deste tipo. A sociedade deve estar atenta e engajada em promover ambientes seguros e protegidos, onde a violência não tenha lugar.
A continuidade da cobertura desses eventos e a atualização sobre o desenrolar do caso serão essenciais para manter a comunidade informada sobre a segurança pública na região.