James Marciel de Sousa Oliveira, de 48 anos, ex-assessor da Administração Regional do Plano Piloto, foi recentemente exonerado e, agora, teve seu nome incluído na lista da difusão vermelha da Interpol. Essa lista é um alerta internacional que visa localizar e prender pessoas procuradas pela Justiça em outros países. A investigação contra Marciel partiu da Justiça da Argentina, onde ele é acusado de associação ilegal e fraude de cartões de crédito e débito.
A exoneração e os detalhes da acusação
O afastamento de James Marciel ocorreu na tarde do dia 11 de outubro, conforme a publicação em edição extra do Diário Oficial do Distrito Federal. Enquanto servidor público, Marciel recebia um salário bruto de R$ 4.315,00 e estava na função desde agosto de 2024.
O caso teve repercussão imediata. Segundo a defesa de Marciel, até o momento, ele não foi formalmente comunicado sobre qualquer acusação na Argentina e destaca que não responde a processos criminais no Brasil. Os advogados do ex-assessor afirmam que o caso remonta a fatos antigos e que estão preparando uma solicitação para cancelar a notificação da Interpol, uma vez que o relato de fraudes é considerado infundado.
Atividades sociais e ONG
Além de sua atuação na Administração do Plano Piloto, James Marciel é fundador da ONG “James e os Anjos em Ação”, que se dedica a ajudar famílias em situação de vulnerabilidade social nas comunidades do Itapoã, Paranoá e regiões vizinhas. Essa organização, com 11,4 mil seguidores nas redes sociais, é descrita como um serviço de assistência social que realiza doações de roupas, brinquedos e itens de higiene pessoal para os necessitados.
Nas redes sociais, a ONG tem se mantido ativa e apresenta diversas ações voltadas para o auxílio a crianças e famílias carentes. A organização possui seu CNPJ ativo registrado para “serviços de assistência social sem alojamento”, o que permite captar recursos e realizar doações.
Esclarecimentos sobre a difusão vermelha da Interpol
A difusão vermelha da Interpol é um mecanismo que permite a divulgação de informações sobre pessoas procuradas pela Justiça mundialmente. É importante ressaltar que esse alerta não equivale a um mandado de prisão internacional, mas atua como um pedido de autorização para extraditar os indivíduos procurados, cabendo ao país em questão decidir se atenderá ao pedido ou não.
Historicamente, a Interpol tem sido uma ferramenta relevante no combate ao crime transnacional, com sua primeira difusão vermelha emitida em 1947.
Reações e posicionamento da defesa
A defesa de James Marciel se posicionou claramente, enfatizando que ele não foi formalmente citado ou comunicado sobre acusações de fraude na Argentina. Os advogados ressaltaram que ele havia submetido todas as certidões negativas exigidas antes de assumir a função pública, confirmando a ausência de antecedentes criminais.
Além disso, a defesa manifestou que os fatos que fundamentam as acusações estão potencialmente prescritos e que estão se habilitando na Justiça argentina para corrigir quaisquer irregularidades que possam ter ocorrido no processo.
Em resposta à situação, a Administração do Plano Piloto do Distrito Federal afirmou que mantém seu compromisso com a ética e transparência, reiterando que Marciel apresentou toda a documentação necessária no momento de sua nomeação.
Esse caso levanta questões importantes sobre a responsabilidade dos servidores públicos e a maneira como as alegações de crimes internacionais são tratadas. Enquanto isso, a ONG de James e seu papel na comunidade permanecem um foco de interesse, especialmente considerando que sua atividade social pode ser impactada por essas recentes circunstâncias legais.
O desdobramento desta situação está sendo acompanhado de perto, e novas informações devem surgir conforme a defesa de James avança em sua busca pela justiça e clareza nos fatos supostamente associados ao ex-servidor.
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